Em Portugal, a arte de produzir e trabalhar o vidro é considerada uma indústria tradicional.
No ano de 1528 foi estabelecida, na Quinta do Côvo, em Oliveira de Azeméis, uma das primeiras e mais duradouras fábricas de vidro do nosso país - a Fábrica de Vidro do Côvo. Desde então, uma multiplicidade de unidades dedicadas ao fabrico do vidro surgiu, principalmente entre o início do século XX e a década de trinta do mesmo século, “altura em que emerge o Centro Vidreiro do Norte de Portugal, como aglutinador dos capitais, tecnologia e operários desse surto fabril” (TAVARES, 2009).
Fruto desta atividade, diversas peças de grande valor artístico foram produzidas, tais como os trabalhos de lapidação em vidro doublé, frascos do século XVII para perfumarias e empresas farmacêuticas, e ainda o jarrão produzido para a Exposição do Mundo Colonial Português de 1940, que jamais poderão ser reproduzidos. Atualmente pode visitar-se o Berço Vidreiro, localizado na Casa das Heras, no Parque de La Salette, onde se pode observar um artesão a fabricar o vidro, aprender a sua história e adquirir as peças únicas aí fabricadas.