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Revista VITA #6

Oliveira de Azeméis

Consulte aqui a versão digital da Revista VITA #5



Entrevista central deste número 

Padre José Manuel, pároco de Oliveira de Azeméis 
“Esta é uma comunidade com leigos muito bem formados e onde há um trabalho de dinâmica social”


Uma paróquia dinâmica, interventiva, atenta, virada para a comunidade e em constante corresponsabilidade com a sociedade e as instituições. É nesta base que o padre José Manuel, à frente da paróquia de Oliveira de Azeméis desde novembro de 2018, tem vindo a trabalhar desde que assumiu funções como pároco. O presbítero pretende uma igreja aberta mais aos leigos e considera que a paróquia não tem outro caminho senão abrir-se às pessoas e às famílias. Está consciente da dificuldade natural da renovação que se coloca sempre que se fala da Igreja e defende que esta não pode viver só para dentro senão corre o risco de asfixia ou morte. Rodeado de leigos e pessoas bem formadas à sua volta, o padre José Manuel ambiciona mais e melhor para a sua paróquia apostando em projetos renovadores que valorizem as pessoas como comunidade e reforcem a dimensão da espiritualidade. O administrador paroquial de Oliveira de Azeméis quer ver ainda uma solução para um dos maiores desafios colocados aos paroquianos e à própria sociedade oliveirense: resolver o grave problema de humidade que atinge a igreja paroquial, uma situação a que urge pôr cobro dado estar em causa a própria segurança dos fiéis.

Que paróquia é que encontrou quando assumiu funções?

Encontrei uma paróquia eclesialmente muito rica, com os problemas do dia-a-dia mas muito bem organizada, reflexo do trabalho do meu antecessor. Ao longo dos 41 anos em que exerceu a função de pároco em Oliveira de Azeméis, o padre Albino Fernandes foi uma figura muito dinâmica que demonstrou intuições interessantes ao nível da pastoral da juventude, litúrgica e da ação social.

Está a dar continuidade a esse trabalho ou estamos perante uma vontade de renovar?

Mantemos o trabalho realizado no passado, mas, ao mesmo tempo, estamos a criar condições para termos uma igreja mais aberta aos leigos em que eles possam mesmo vir a tomar conta de algumas estruturas e dimensões do trabalho paroquial.

Hoje temos mais ou menos famílias católicas?

Temos que estar conscientes que as famílias são, cada vez, menos religiosas, menos católicas. Hoje há pais que já não batizam os seus filhos. Temos muitas famílias cristãs, praticantes, mas é evidente que são cada vez menos. Sejamos realistas, não podemos esconder isso. Felizmente que temos ainda muitas centenas de crianças na catequese, a fazer o seu percurso de fé. Atualmente defrontamo-nos com a dificuldade que é a partida dos jovens para a universidade a qual provoca um desenraizamento das comunidades. É uma quebra natural embora ao nível da pastoral universitária a igreja tenha muito trabalho nesse campo.

Que papel reconhece às famílias na formação e na espiritualidade dos filhos?

Sendo atualmente menor a prática religiosa não deixa de ser mais verdadeira a atitude da fé de muitas famílias. Os pais acompanham os seus filhos na catequese e hoje se eles não forem à missa os filhos também não vão. Hoje, mais do que falar em pastoral da juventude ou catequética temos que falar em pastoral familiar porque tudo passa pela família, pela atitude familiar.

É fácil viver a dimensão da fé ou as preocupações das pessoas são bem diferentes?

A dimensão religiosa é uma das dimensões mais difíceis. Afirmo muitas vezes que vivemos a vida em muitas dimensões, a profissional, a económica, a familiar, a lúdica, a cultural e a dimensão da fé. Se compararmos a fé com as outras dimensões, chegamos à conclusão, por exemplo, de que não há tempo ou não há disposição para ela. A dimensão religiosa das pessoas não fica para trás mas é uma luzinha que se vai apagando. Numa ou noutra fase mais difícil da vida, quando é necessário recorrer a Deus, essa luz ou dimensão aparece. Temos o outro lado que é viver a fé como se ela iluminasse todas as outras dimensões da vida. A dimensão da fé é, sem dúvida, muito mais difícil porque essa exige um compromisso de militância.

Como carateriza a comunidade paroquial oliveirense?

Esta é uma paróquia ainda, essencialmente, assente em famílias de tradição católica onde há um percurso da fé dos filhos e dos netos muito marcante. Sinto que tenho uma comunidade com leigos muito bem formados e há aqui um trabalho importante de dinâmica de pastoral social. Temos o grupo de Vicentinos que desempenha um papel fundamental no acompanhamento das famílias mais frágeis e necessitadas. É preciso notar que há questões sociais que não têm a ver só com a distribuição de alimentos às pessoas. Há questões, por exemplo, de alcoolismo ou violência doméstica. Os Vicentinos demonstram aqui um trabalho muito bem organizado.

Mas há muitas outras situações que a Igreja não consegue responder, por exemplo a questão dos idosos e das pessoas mais frágeis que precisam de um forte apoio…

Há situações que nos ultrapassam e temos que as encaminhar para as instituições apropriadas. É importante a pastoral dos lares, eles são fundamentais apesar de ninguém querer colocar os seus familiares nessas estruturas. O isolamento dos idosos e das pessoas mais débeis é um dos grandes desafios quer para a pastoral da Igreja, quer para a pastoral social de qualquer instituição. Temos de cuidar das pessoas mais velhas. Gostaria de ter mais tempo para poder participar em tudo aquilo em que somos (igreja) solicitados. Sou uma pessoa de estar em relação e comunhão com as instituições, coletividades e autarquias. As autarquias, os organismos públicos são fundamentais e esse diálogo e corresponsabilidade são muito importantes.

Tem já 35 anos de sacerdócio. Qual foi o seu percurso e os momentos mais marcantes?

Nasci numa família humilde, tradicionalmente católica num tempo de algumas dificuldades, ainda no regime antigo. Nessa altura não existia ainda ensino preparatório em Vilar do Paraíso, Gaia, de onde sou natural. Existiam algumas dificuldades para estudar e depois da escola primária optei, com 10 anos, ir para o seminário de Cucujães através da Sociedade Missionária Boa Nova. Fiz o meu percurso escolar normal, com aulas no seminário, tendo permanecido dois anos em Cucujães e, posteriormente, seis anos em Cernache do Bonjardim. O meu Ano de Formação foi efetuado no Convento de Cristo, em Tomar. Dali fui para o seminário de Valadares fazer o curso de seis anos de Teologia. Em 13 de julho de 1986 fui ordenado presbítero.

Foi bem recebido na paróquia de Oliveira de Azeméis?


Fui muito bem acolhido e sinto-me privilegiado com os leigos que trabalham comigo. Temos nas estruturas da paróquia pessoas muito bem formadas.

Fez uma passagem por Angola como missionário. Foi enriquecedora essa experiência?

Estive três anos em Angola como missionário. Foi uma experiência única e rica a nível de horizontes, de conceitos de vida e de contacto com outra cultura. Regressei de Angola para representar os colegas na Direção Geral da Sociedade Missionária. Voltei a estudar, na área da comunicação, tendo ainda sido formador dos alunos teólogos no seminário da Boa Nova de Valadares. Estive 10 anos como pároco de Vilar do Paraíso e depois vim para Cucujães para estar ao serviço das nossas edições e publicações. Mas difícil para mim, como experiência, foi, depois de acabar o curso de Teologia, deixar o Porto, uma cidade onde estávamos habituados às últimas novidades, por exemplo em literatura e cinema, e ir para Cernache de Bonjardim, bem no interior do país, em que demorávamos um dia para lá chegar de autocarro. O jornal que chegava lá era do dia anterior. Esta experiência de estágio foi muito mais dura do que quando parti para Angola.

Que projetos gostaria de ver concretizados?

Neste momento esta comunidade tem um desafio muito grande que é resolver o problema grave de humidade da nossa igreja. Temos já problemas graves ao nível do soalho com muitos focos de apodrecimento, existindo perigo para a segurança dos fiéis. Vamos ter que meter mãos à obra com a ajuda de todos, envolvendo organismos e entidades na perspetiva de que uma igreja acaba por ser património da própria sociedade. Temos de fazer uma drenagem de fundo à volta da igreja e renovar o chão interior. Temos uma igreja paroquial belíssima para conservar e embelezar. A estética e a beleza são formas de religiosidade e daí a necessidade de preservarmos este tipo de património.

E em relação ao santuário de Nossa Senhora de La Salette. Há projetos para esse templo?

Este santuário representa um património religioso muito rico e importante. Um dos objetivos é criar à volta dele uma dinâmica de espiritualidade. O ano passado fizemos uma renovação do interior do santuário, pintámos a capela de branco criando um ambiente de maior religiosidade. Mas queremos mais, ou seja, pretendemos transmitir esse ambiente às pessoas que visitam o Santuário. Com esse objetivo tivemos, o ano passado, em plena semana das Festas, um dia inteiro dedicado a confissões, sempre com fiéis a aparecer no interior do templo, onde não faltou música espiritual em todo o parque. É esta envolvência que eu gostaria de ter no santuário e no parque de La Salette.•

Quem é o novo pároco de Oliveira de Azeméis?

José Manuel da Costa Lima nasceu a 05 de Agosto de 1960, em Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia, e foi ordenado presbítero a 13 de julho de 1986 na Sé Catedral do Porto. É padre da Sociedade Missionária da Boa Nova e esteve como Missionário em Angola. De 2007 a 2017 esteve ao serviço da paróquia de S. Pedro de Vilar do Paraíso, onde deixou muitas “sementes de esperança”. É membro da Direção Geral dos Missionários da Boa Nova, como 2ª assistente do Superior Geral, Conselheiro Espiritual das Equipas de Nossa Senhora. Muitas fotografias da sua autoria têm sido publicadas nos Calendários das Missões e no Calendário Jovem, Revista Boa Nova.

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