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Revista VITA #3

Oliveira de Azeméis

Consulte aqui a versão digital da Revista VITA #3

 

Entrevista central deste número 

Manuel Alegria
“Espírito altruísta da família Alegria ainda hoje se mantém”




Com mais de 450 anos de história, 200 dos quais ligados a Oliveira de Azeméis, a família Alegria é um exemplo claro de como um punhado de pessoas contribuiu para o desenvolvimento da cidade. Imbuídas de um espírito de progresso, sucessivas gerações demonstraram o seu forte amor à terra através de inúmeras ações que ajudaram ao seu crescimento social e económico. O elevado espírito altruísta da família Alegria ainda hoje se mantém orgulhando não só as gerações atuais mas também a sociedade oliveirense. A história desta família, desvendada nesta entrevista por Manuel Alegria, está a ser condensada num livro que pretende perpetuar o seu percurso e deixar viva a memória das gerações seguintes.

Pode afirmar-se que a família Alegria é uma das mais antigas do distrito de Aveiro?

Sim. A família Alegria tem mais de 450 anos sendo oriunda da freguesia de Valmaior, do concelho de Albergaria-a-Velha. Nessa altura e dada a importância de Oliveira de Época de transição das charrets para os carros (como se circulava em Oliveira de Azeméis em 1937) - Rua Dr. Ernesto Pinto Bastos, junto ao antigo Quartel dos Bombeiros, onde viveu uma parte da Família Alegria e onde era feita a feira dos 11. Carros estacionados à porta de casa. Azeméis como ponto de paragem das carruagens que faziam a ligação entre Porto e Lisboa, o meu trisavô e família instalaram -se aqui, dedicando-se à arte de ferrador porque era necessário dar apoio e assistência às diligências do serviço de malaposta entre aquelas cidades.

Qual foi o percurso efetuado pelos membros da família?

As crises económicas obrigaram a que os cinco filhos varões (eram 12 no total) tivessem emigrado para o Brasil onde fizeram fortuna na indústria de fundição do ferro e cobre, tendo inovado, também, ao nível da maquinaria para a cultura do café e da cana-de-açúcar. Como amantes da sua terra natal, três deles (António José, Francis[1]co José e Manuel José) regressaram tendo contribuído para o progresso de Oliveira de Azeméis.

Em concreto do que é que beneficiou a cidade?

Houve, por exemplo, a decisão importante do meu tio bisavô António José Ferreira Alegria de custear a instalação de toda a iluminação pública da vila, pagando também os primeiros seis meses de combustível. A seguir a Lisboa e ao Porto, Oliveira de Azeméis foi das primeiras localidades do país a ter essa melhoria. Esses familiares investiram na cidade não só em infraestruturas mas também no campo social. Os ir[1]mãos desenvolveram em si uma cultura de apoio social no Brasil, que aplicaram depois em Oliveira de Azeméis, da qual ressalta a compra e doação dos terrenos para criação do hospital, mais tarde oferecido à Misericórdia, e do teatro. Face a um impasse de anos, Manuel José Alegria e sua esposa D. Amália Dourado Alegria e um grande amigo do casal, Alexandre José Correia Vilar decidiram financiar, em partes iguais, a construção do hospital e todo o equipamento necessário para a sua atividade, sendo entregue de[1]pois a sua gestão à Santa Casa. Além de uma componente industrial e social houve também uma atividade cultural dentro da família Alegria.

E do ponto de vista religioso?

Todos os filhos do pai do meu trisavô, José Ferreira Alegria, chamavam-se José. Ele era devoto de São José e tudo isso demonstra que a família teve, também, uma componente religiosa. Não é de estranhar que o monte onde se encontra hoje o parque de La Salette tenha sido doado pelos meus avós Arlindo e Alcide Alegria. Como forma de agradecimento, ainda hoje a procissão de Nossa Senhora de La Salette efetua uma paragem em frente à casa do Urgal, berço da família de grande valor sentimental para nós. A construção desta casa deve-se aos meus bisavós Francisco José e Júlia d’Armada Alegria, natural do Rio de Janeiro, descendente de uma grande Família de Melgaço. Os dois eram pessoas preocupadas com as questões so[1]ciais, destacando-se dádivas monetárias feitas a instituições de beneficência.

A Casa do Urgal traz-lhe boas recordações?

Sim, eu conversava bastante com o meu tio Ramiro Alegria no salão desta casa. Como não havia grandes cafés na altura as famílias juntavam-se nesta sala emblemática e histórica.

As gerações mais recentes também estiveram ligadas a Oliveira de Azeméis?

Sim. O meu tio Dulcídio foi estudar para Lisboa, era uma pessoa bem formada. Trabalhou no gabinete de António Salazar, presidente do Conselho de Ministros, e daí criou uma ligação de apoio muito grande a Oliveira de Azeméis ao ponto de ter criado a Casa da Comarca de Oliveira de Azeméis em Lisboa. Ele, no fundo, foi o embaixador da nossa cidade na capital, proporcionando contactos políticos e apoios económicos. O seu irmão Eugénio Alegria foi uma pessoa ligada ao hospital, foi ele que criou o Grémio Agrícola de Oliveira de Azeméis que acabaria por se transformar na cooperativa agrícola, mais tarde Proleite e hoje Lactogal. Era uma instituição que, na altura, animava muito a atividade agrícola.

Em termos de ação cívica e política o que destacaria?

O meu tio Ramiro Alegria, o mais jovem de quatro rapazes, dedicou a sua vida ao serviço da sua terra natal tendo estado ligado ao comando dos bombeiros voluntários onde a sua atividade foi reconhecida a nível nacional. Foi ainda presidente da Câmara Municipal durante dois mandatos e é, talvez, a pessoa da qual hoje os oliveirenses têm mais memória. Proprietário da casa do Urgal (onde decorreu a entrevista) que foi casado com D. Júlia Armada Alegria

Como caracteriza a geração atual?

De uma família de centenas de pessoas, ou seja, filhos de quem nasceu ou viveu na Casa do Urgal, restam sete pessoas a residir em Oliveira de Azeméis. Em consequência da evolução da sociedade, a família foi-se dividindo estando espalhada pelo mundo. Mesmo assim, o espírito altruísta da família Alegria ainda se mantém hoje ao nível da dedicação, humildade e amor à terra onde tem origem, desenvolvendo atividades no concelho sejam nas áreas educativa, industrial ou comercial.

Para quando está prevista a publicação do livro que vem sendo preparado?

Prevemos que seja em 2020. O livro, com total suporte documental, está a ser pre[1]parado há três anos e vai permitir um conhecimento autêntico da história da nossa família desde o Século XVI até aos dias de hoje. Por isso deverá ser motivador para as gerações vindouras o atualizarem sucessiva[1]mente. A obra é um ponto de partida para alguém ficar com essa responsabilidade, a mesma com que eu e os meus primos senti[1]mos em manter viva a memória dos nossos tios, avós e bisavós.

 ELEVAR O NOME DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS


São várias as marcas da família Alegria em Oliveira de Azeméis, desde a sua inscrição na toponímia da cidade com o nome de António Alegria, ao apoio social e económico. A solidariedade e o espírito de ajuda continua a marcar a geração atual da genealogia Alegria como é o caso de Manuel António Alegria Garcia através do seu discreto apoio a iniciativas para elevar o nome de Oliveira de Azeméis e fortalecer a vida dos mais necessitados.
Uma referência também para Carlos Manuel Alegria, seu primo, que, em memória ao seu pai Dulcídio Alegria tem efetuado avultados investimentos nas áreas da hotelaria, na freguesia de Palmaz, e da energia alternativa com uma unidade de biomassa, em Carregosa.

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