A Ribul foi fundada em 1943, sendo a fábrica de camisas e blusas mais antiga de Portugal. Inicialmente dedicava-se apenas ao fabrico de camisas de homem e cobria, essencialmente, o mercado interno e as ex-colónias. Entretanto, o mercado foi-se alterando, e a empresa virou a sua atuação para o mercado externo que representa cerca de 90 a 95% do volume de faturação.
A empresa orgulha-se de produzir um produto diferenciador e com muita qualidade, que exporta para França, Inglaterra, Itália, Espanha, Suíça, Estados Unidos, Austrália, México e Japão. “Segundo as regras do mercado global, temos que fazer diferente para sobrevivermos”, diz João Pinto Leite, o dono da empresa.
A gama de produtos também se alterou e, atualmente, para além das camisas, a empresa já produz blusas de senhora, boxers, pijamas, camisas por medida, ainda que com níveis de produção mais reduzidos nestes últimos produtos. Com linhas dedicadas para camisas clássicas e desportivas, mas também, blusas sofisticadas, fornece algumas das marcas mais prestigiadas internacionalmente, devido aos elevados padrões de qualidade, desde a receção das matérias-primas, até ao produto final.
João Pinto Leite, que ali trabalha desde 1977, atribui o sucesso da empresa “à boa gestão, à sua pequena dimensão, à postura e ao relacionamento com os clientes. Acredita que haverá poucas empresas como a Ribul na Europa, ela apresenta-se quase ao nível de um «atelier»”.
Antevê um futuro difícil para as indústrias tradicionais, na área das confeções, que enfrentam uma concorrência feroz de países como o Bangladesh, a China e a Turquia. No entanto, é otimista em relação ao futuro, uma vez que a empresa tem vindo a ganhar clientes novos, por exemplo, em França, e abrange um nicho de mercado muito especial, com elevado poder de compra.