A paisagem agrícola de São Martinho da Gândara destaca-se pelos seus campos verdejantes, pela produção leiteira mas também por estufas de hortofloricultura.
Este último setor ganhou predominância e hoje, a par do leite, ganhou o seu próprio espaço e importância na economia local da freguesia.
A empresa “Cândida Dias” dedica-se há mais de três décadas à produção de produtos hortícolas e de floricultura contribuindo para que São Martinho da Gândara seja conhecida por esta atividade. “Inicialmente era apenas a minha mãe que trabalhava nas estufas mas hoje temos outras pessoas a ajudar, apesar da dificuldade de se conseguir mão-de-obra”, afirma Sandra Silva Gomes.
A empresa, à qual dedica todo o seu tempo, conheceu uma fase de expansão, produzindo atualmente somente três tipos de flores: crisântemos, cravos e lisianthus, que têm como destino a venda a floristas ou armazenistas. No que se refere à horticultura, a produção destina-se à venda ao retalho, cerca de 90%, mas também são exportados legumes para França.
A empresa está focada na qualidade daquilo que produz. “Tendo qualidade são produtos automaticamente vendidos", diz Sandra Gomes, explicando que “escoamos o que produzimos não só para o concelho mas para outras zonas como, por exemplo, o mercado de Ovar e Espinho”.
Este tipo de agricultura, executada essencialmente por jovens agricultores, tem expressão na freguesia, com o consequente peso na economia local, à semelhança do que se passa também com o setor leiteiro. Não se estranhe, pois, que “a freguesia de São Martinho seja conhecida pelas suas estufas, pelos seus produtos hortícolas e, naturalmente, pela produção leiteira”, diz Sandra Gomes. A jovem agricultora reconhece que “esta é uma atividade mal remunerada” e que exige “muito trabalho manual”. Mesmo assim, Sandra Gomes gosta do que faz.
“Não me vejo a fazer outra coisa, isto é uma paixão”, refere. Sublinha que, apesar da produção ser interessante, o mais gratificante é ver o rosto satisfeito do consumidor com o produto na mão.