Pinheiro da Bemposta tem, desde 2020, um centro de estudos com o intuito da partilha de conhecimentos de, e para a freguesia. Oficialmente instalado nos antigos paços do concelho do município, conta com os contributos dos arquitetos Luís Melo Ferreira e Susana Mortágua, do professor Norberto Martins e do investigador Eduardo Zenhas. No entanto, desde 2006 que o professor Norberto deu início ao projeto que culmina na publicação de obras sobre urbanismo, arquitetura, marcos e monumentos representativos da história local. “A nossa função é descobrir conhecimento e publicá-lo”, refere Luís Melo Ferreira.
Amantes da história e da investigação, têm publicadas diversas obras: “O Julgado de Figueiredo”, publicado na revista “Patrimónios de OAZ”, a “Monografia de Pinheiro da Bemposta”, a consultar na junta de freguesia, “A Igreja do Pinheiro da Bemposta” e “A Capela da Senhora da Ribeira, ambas integradas em edições da revista da Casa-Museu Regional de Oliveira de Azeméis. A trabalhar para a consciência coletiva da riqueza cultural e patrimonial, Susana Mortágua divulga: “O que é importante é despertar o interesse da população para a história e, nesse sentido, tem-se feito também algumas publicações”.
Em elaboração encontra-se um documentário com a história do Pinheiro da Bemposta, desde a pré-história até aos dias de hoje. O projeto baseia-se numa projeção, em vídeo, localizada no percurso dos caminheiros de Santiago de Compostela e de Fátima. Por outro lado, está a ser desenvolvida uma nova monografia sobre Pinheiro da Bemposta, mais completa e atualizada que a anterior, e ainda uma obra sobre Pinheiro da Bemposta na idade moderna, bem como o livro completo sobre a Igreja, desde 1220 até à atualidade.
“Há muita coisa que está dispersa e se desconhece”, conta o investigador Eduardo Zenhas, esclarecendo que muito dos seus trabalhos resultam da compilação de outros já desenvolvidos. “Conhecem-se meia dúzia de autores com vários artigos, e, agora, está-se a tentar fazer um tecido com o valor patrimonial”, acrescenta.
Aliado à informação já reunida surge a vontade de descobrir, conhecer, identificar e documentar cientificamente e com rigor, de forma a ser partilhado com as pessoas enriquecendo-lhes o conhecimento. Motivado pela defesa do património material e imaterial do Pinheiro da Bemposta, Luís Melo Ferreira considera que: “O Património só é defendido quando é conhecido” e é neste âmbito que se baseia todo o trabalho de investigação e divulgação desenvolvidos.