Desde muito novo que Albano Ruela tem ligação com a arte.
Essa ligação vem, originalmente, do tempo em que fazia caricaturas dos fregueses que frequentavam a mercearia dos seus avós. O artista, formado em artes plásticas, explica que nessa altura passava muito tempo naquele espaço enquanto os seus pais iam trabalhar e a maneira de ocupar o tempo “era passar ali horas a desenhar em papel mata-borrão”.
Mais tarde frequentou ateliers de outros artistas onde aumentou o seu conhecimento e começou a expor tendo frequentado o Centro de Arte de São João da Madeira.
Considera-se um autodidata e a base do seu trabalho é a experimentação. A sua arte divide-se pela pintura, ilustração, fotografia, escultura e arte digital.“Inicialmente comecei pela pintura e depois achei que precisava de algo mais e, foi então, que comecei a incluir objetos nas pinturas (arte tridimensional)”, refere.
Nascido em 1968, Albano Ruela possui mais de 25 anos de experiência em artes plásticas tendo como material de eleição o reaproveitamento de materiais. O artista oliveirense tem várias obras expostas a nível nacional e internacional.
Entre outros projetos a que dá forma, Albano Ruela fez incursões na arte digital e na ilustração de capas de CD’s e LP’s de várias bandas portuguesas e estrangeiras.
No seu curriculum ostentas várias distinções, prémios em fotografia e em videoarte. Consta ainda a sua presença em festivais nacionais e internacionais de cinema experimental e de animação.
Albano Ruela tem no reaproveitamento de materiais uma das suas marcas como artista.
Do velho, do inaproveitável e dos mais inimagináveis materiais, o artista oliveirense faz algumas das suas impressionantes obras. A sua criatividade está bem patente na forma como dá vida aos materiais que utiliza e recupera nas suas criações.
O artista transforma os resíduos em arte. “A partir do lixo podemos criar”, diz, explicando que, nos seus trabalhos, em especial na escultura, faz o reaproveitamento de materiais e objetos que a sociedade rejeita como, por exemplo, fios de telefone e de eletricidade, estruturas de cadeiras, luminárias, peças de automóvel e de eletrodomésticos, frigideiras e panelas, entre outros.
Uma das suas obras de arte, a implantar na Praça da Cidade, utiliza este tipo de materiais. A escultura, denominada O Almocreve, simboliza a origem etimológica de Oliveira de Azeméis.
Esta peça foi efetuada exclusivamente com recurso a resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos desde componentes automóveis a peças de computadores, luminárias, eletrodomésticos e ferragens várias.
Com estes materiais reutilizáveis Albano Ruela construiu uma escultura representativa do passado e da história ligada à origem do nome de Oliveira de Azeméis.
A sua inspiração para criar é caraterizada, essencialmente, pela espontaneidade.