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Minas do Pintor marcaram a história de Nogueira do Cravo

Oliveira de Azeméis
Albano Teixeira

Ao lado do seu pai, Albano Teixeira conheceu o interior das Minas do Pintor há mais de 30 anos naquelas que foram as únicas minas do país de extração de arsénio comercial.

Situadas na freguesia de Nogueira do Cravo, Oliveira de Azeméis, as Minas fazem parte da vida deste homem, apenas com 55 anos mas com muitas histórias para contar sobre a vida difícil de quem ali trabalhou, principalmente o seu pai.

“Foi uma vida muito dura”, diz quando fala a propósito dos muitos anos em que o seu pai, José Teixeira, trabalhou na mina para manter os oito filhos.

“O meu pai trabalhava nas galerias, trabalhou aqui muitos anos incluindo sábados e domingos. Quando faltavam colegas ao trabalho era o meu pai que os substituía sempre. Ele trabalhava sozinho de noite e eu então, com 12 ou 13 anos, ia ajudá-lo juntamente com os meus irmãos mais velhos a puxar as vagonetas e a meter lenha nas fornalhas”, conta com alguma saudade.

O seu pai, que faleceu jovem, aos 53 anos, fazia na maioria das vezes, o turno da meia-noite às oito horas da manhã mas “também fazia os outros dois turnos”.
Albano Teixeira nunca foi trabalhador efetivo das minas mas conheceu ao pormenor o seu interior, por isso mesmo descreve com minúcia o que ainda é visível das ruínas em que se transformaram depois de terem sido desativadas. 

Relata que delas, além do tratamento para produção de arsénio, era extraído também ouro, prata, cobre e chumbo, entre outros minérios. Recorda, sem conseguir precisar o ano, o aluimento do poço onde, “naquele tempo, ficaram lá oito homens, tendo sido salvos apenas três deles”.

Outros mineiros morreram nas antigas minas. Albano Teixeira conta que “morreram aqui muitos homens” mas por causa do arsénio devido à perigosidade que constituía para a saúde dos mineiros.

As suas recordações fazem-no falar da refinação e queima do arsénio, das galerias, dos fornos e do carregamento dos camiões com os minérios extraídos, que tinham o estrangeiro como destino.

Na área circundante do núcleo central da Mina, Albano vai apontando para alguns espaços que faziam parte do complexo mineiro, o antigo escritório, os armazéns, o posto médico, a carpintaria e o refeitório.

“Fomos muito felizes quando vivíamos aqui, parece que estávamos no paraíso embora as condições não fossem as ideais”, diz em relação à sua infância, passada paredes meias com as minas enquanto aponta para um velho edifício do qual guarda muitas lembranças. “Esta casa era onde nós vivíamos”. A sua mãe fazia os campos à volta, que pertenciam às Minas do Pintor, e era ela que “trazia o pasto para dar aos bois que chegaram a ser utilizados para puxar os vagões”.
Albano Teixeira não tem noção da quantidade diária de arsénio retirada da mina mas fala ente 30 e 40 vagonetes que eram carregadas nos camiões.

Apesar de ter trabalhado 19 anos nas minas, Albano Teixeira abandonou esta atividade em 2003. Diz que “naquele tempo quem vinha aqui pedir trabalho era logo chamado” mas observa que “nem todos queriam vir para a Mina do Pintor porque muitos não queriam trabalhar com o arsénio”.

As Minas do Pintor exploravam filões verticais por meio de um único poço. A mina tinha apenas uma entrada, pelo poço, mas possuía uma saída de emergência, na primeira galeria saía a oeste do poço junto ao rio pintor. O poço tem 204 metros de profundidade e alarga para 8 galerias. Entre 1881 e 1891 a mina sofreu várias ampliações.

Pelo que é conhecido, o fim da extração de minério nas Minas do Pintor está associado aos danos ambientais provocados por esta exploração mineira.

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