Uma pequena empresa familiar, com cerca de 70 anos, a latoaria do senhor Manuel Pinho transforma lata em artigos do quotidiano, através de um processo maioritariamente artesanal. Uma empresa que já integrou diversos colaboradores e direcionou a sua atividade para a exportação, conta, atualmente, apenas com Manuel dos Santos Pinho e a esposa, Elsa: “Nunca mais soube o que eram folgas”, desabafa o latoeiro.
Aliando o lado criativo ao gosto muito pessoal, o Sr. Manuel desvenda: “fazer coisas novas foi o que eu sempre quis, mas também não queria deixar as antigas“ e portanto, “fabrico tudo o que está ligado à chapa fina”, acrescenta.
Com as mãos na arte desde os 11 anos, o latoeiro cria diversos produtos a pedido dos seus clientes. Desde chuveiros, regadores, jarros, baldes a material de decoração, prefere as peças que apelam à sua criatividade, a produzir em série.
Manuel Pinho herdou o talento do seu pai, António Dias, que era especialista em fazer foles. “Ele vendeu toneladas e toneladas daquilo e eu também comecei a fazer, mas não era bem o que eu gostava”, confessa o filho, dizendo ainda que o pai era um amante do sistema tradicional.
Atualmente, a latoaria serve o mercado de Espanha para além do nacional, não faltando clientes para as obras de arte deste criador. “ Se trabalhasse por 24h tinha saída para toda a produção”, garante Manuel dos Santos Pinho.