O Médico do Povo

O Dr. António Vasconcelos é médico há quase 60 anos e, nos dias de hoje, ainda exerce. António Praça de Vasconcelos nasceu na freguesia de Cesar a 31 de dezembro de 1938 . Aos 10 anos de idade foi para o Colégio de Oliveira de Azeméis onde estudou 8 anos. No ano de 1957 frequentou o curso de medicina na Faculdade de Medicina do Porto, tendo terminado em 1963. Quando terminou o seu curso, começou a exercer. Foi médico no Ultramar e esteve na Guiné Bissau, onde prestou auxílio a militares e civis. Quando voltou do Ultramar exerceu as suas funções de médico entre Cesar e São João da Madeira. Prestou também serviços médicos no hospital Militar do Porto e na Escola Prática de Cavalaria de Santarém. Foi médico municipal durante vários anos em Oliveira de Azeméis. Para o Dr. Vasconcelos “ foi difícil ser médico naquela altura porque eu comecei sozinho”. Esteve dois anos no hospital de Santo António a fazer internato onde diz ter aprendido bastante.“ O que eu queria era isto que estou a fazer, era ter contacto com o paciente “, referiu o médico. Na freguesia de Cesar todos sabem bem quem é o Dr. António Vasconcelos. São vários os elogios conhecidos a este grande homem. O ilustre médico considera que, para se ser um bom médico é fulcral “ ter conhecimentos e depois ter jeito para os exercer, ouvir os doentes e procurar entrar na alma deles”. Não esconde a sua devoção a Deus “o que eu ouço na igreja, utilizo na minha profissão”, muitas vezes encaminhou os seus pacientes a um padre, seu grande amigo “um psicólogo de categoria”. O carinho com que é tratado não vem só da sua sabedoria e da sua disponibilidade para com todos os seus pacientes, vem também, da sua humildade. Quando se engana, admite: “ eu lamento quando me engano, fico chateado”. É um dos homens mais acarinhados “sinto que tenho consciência disso, mas também me dou a isso “. Um médico bondoso que sempre trabalhou por gosto à sua profissão e “nunca deixei um paciente sem atendimento por falta de recursos”. Ainda hoje é o dia em que os seus pacientes lhe batem à porta, não fosse ele, o Médico do Povo.