Pindelo é também uma freguesia de remota existência, tendo como primeira referência escrita um documento com a data de 1134. Deve o seu nome à palavra latina "pinitellum", diminutivo de "pinitum" (pinhal).
A povoação terá crescido no sopé do monte do Pereiro, a cerca de 500 metros de altura, outrora designado de Monte Codal.
Nos tempos dos Visigodos, o território de Pindelo pertenceu à diocese do Porto, que aqui terminava, ao longo do curso do rio Antuã.
Depois das invasões muçulmanas, Pindelo terá sido reconquistado pelos presores galegos, antepassados de Ega Moniz, e doada, primeiro ao Mosteiro de Pedroso e depois ao de Paço de Sousa.
Antes ainda da primeira referência escrita a Pindelo surge, em 994, na documentação o nome de Pinhão, actual lugar da freguesia, cujas propriedades se estendiam por parte de Ossela. Nas Memórias de Paço de Sousa surge nova doação, em 1131, de Mónio Viegas, filho de Egas Moniz e de Dorotea Odoriz, da alguns bens ao mosteiro.
Até 1540, Pindelo pertenceu aos seus primitivos senhorios, passando depois para a posse das religiosas do mosteiro da Madre de Deus de Monchique, no Porto.
A própria paróquia da Santa Maria de Pindelo é de grande antiguidade. Nas Inquisições de D. Afonso III, em 1258, aparece citada, pela primeira vez, como paróquia de Santa Maria de Pydello. Contudo, o padroado passou por várias etapas e muitos proprietários.
Na anexação das rendas da mesa abacial de Paço de Sousa à Companhia de Jesus, destinadas à Universidade de Évora, ficou a esta Pindelo, e depois da supressão da mesma seguiu a sorte dos bens que lhe eram próprios.
Em Pindelo realizava-se uma importante Feira de Gado, no dia 23 de cada mês, no lugar de Pinhão, onde se venera o Bom Jesus da Agonia, típico santuário de remotas tradições.
Também aqui existiu uma das mais antigas fábricas de papel do distrito de Aveiro, quiçá uma das mais antigas do País. Laborava no lugar de Pombarinho e apresentava no "selo de água" uma pomba. É de realçar o facto de que actualmente se podem encontrar documentos na Torre do Tombo tendo como suporte papel saído desta fábrica.
No período entre 1783 e 1801, é sabido que o ofício de “sombreiro” ou chapeleiro teve grande importância económica em Pindelo. Houve também aqui uma mina de cobre, no lugar de Ladeira, concedida ao Visconde de Castro e Silva que chegou a ser explorada.
Em termos de património merecem destaque a Igreja velha e o casario circundante, assim como, a Capela de Pinhão, os moínhos e a Serra do Pereiro.
Sobre a construção da Capela de Pinhão existe uma lenda que diz que no alto do Monte do Pereiro, teria existido uma capela. Como contam os mais antigos, após a sua destruição, as pedras foram transportadas, às costas, pelo povo, para a construção da Capela do Bom Jesus da Agonia.
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