Casa "Bloco" vertical, sem azulejo, com influência do Neoclássico (francês). A construção deste belo e imponente edifício, dos finais do século XIX está envolta numa peculiar história. Nasceu de um sonho e depressa se transformou num pesadelo. O seu proprietário, Manuel Brandão, fez fortuna no Brasil. Quando regressou quis construir uma casa como não havia igual em Oliveira de azeméis e arredores. O entusiasmo inicial depressa se consumiu na voragem das verbas reclamadas pelos custos da construção. Incapaz de aguentar a pressão desencadeada por tão grande empreitada, Manuel Brandão suicida-se com um tiro na cabeça. A viúva, D. Joana Augusta de Castro Brandão, apesar de fulminada pela dor, revela-se uma mulher determinada e não descansa enquanto não vê a casa concluída. Ainda viveu longos anos no palacete de estilo francês, na companhia de seus filhos. Quando, em 1930, o marechal Carmona, Presidente da República, se deslocou a Oliveira de Azeméis para inaugurar o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, foi esta a casa escolhida para o então Presidente da República pernoitar.