Quinta dos Borges
Bem no centro de Oliveira de Azeméis existe uma quinta outrora residência de Júlio Borges Soares de Pinho e Maria Aldina Alegria.
Uma residência rica onde nunca nada faltou… Um comerciante de artefactos pirotécnicos e uma antiga professora primária permaneciam ali durante todos os fins de semana, altura em que a quinta passou a ser conhecida pelo nome da família - Quinta dos Borges.
Inicialmente era conhecida por quinta da Gandra, geograficamente bem localizada no lugar da Laje. O espaço era gerido por caseiros que diariamente e até à sua aposentação trataram da casa, do celeiro, dos anexos dos currais…
O avô Júlio adquiriu na década de 50 terrenos com o objetivo de ali construir e passar bons momentos em família e fugir à rotina que diariamente viviam no Porto.
Toda a quinta era cultivada e ali se viviam tradições, construíam-se memórias e sonhos. Os campos eram cultivados com a ajuda de 6 pares de bois e, ao longo da propriedade, era possível avistar jardins organizados onde as japoneiras, camélias e roseiras catalogadas faziam as delícias da avó.
Os dois irmãos, júlio e manuel, recordam com mais saudade os tempos da pisa do vinho e a apanha da uva – as vindimas, as desfolhadas e o tratamento do gado.
Era na feira de Santo Amaro que o avô ia comprar as cabeças de gado sempre que queria completar as 6 cabeças que gostava de manter.
A Páscoa era comemorada na Quinta com toda a família. Havia a tradição de enfeitar os caminhos com pétalas das japoneiras e camélias para a entrada do padre. A quinta era a segunda ou terceira casa a ser visitada pelo Padre.
Aqui, existia liberdade para tudo: andar na carroça de bois, percorrer a quinta de uma ponta à outra, participar nas colheitas, e muito mais.