Oliveira de Azeméis é a sede do município. Adormecida durante séculos na rotina da sua vida rústica, a velha ULVÁRIA tem uma história que remonta, pelo menos, a cerca de 3.000 a 2.000 anos a.C.. A remota ocupação humana é ainda hoje testemunhada por diversos achados arqueológicos encontrados, por exemplo, nos crastos de Ul e Ossela.
A importância de Oliveira de Azeméis deveu-se sempre ao facto de se situar no eixo de ligação entre Lisboa e Porto, desde a via militar romana que ligava Lisboa a Braga, de que é testemunho o Marco Miliário da Milha XII, descoberto em Ul, passando pela Estrada Real até à EN1 e IC2 dos nossos dias. Do séc. VII ao X, é alcaria e arraial de moçarebes e berberes que aqui se fixaram e desmantelaram a vida institucional anterior, assim como topónimos da área, hábitos típicos e o próprio traje regional. O próprio topónimo Azeméis tem uma etimologia que apela não só para uma colónia de Almocreves, mas ainda para colonizadores árabes da família Azemede.
Do séc. X ao XV, Oliveira de Azeméis é palco de lutas renhidas entre árabes e chefes militares leoneses e portucalenses, incluindo colonos adstritos aos mosteiros de Pedroso, Grijó e Cucujães, aos quais se deve o repovoamento e fundação de algumas povoações, o aproveitamento dos cursos de água locais para a indústria de moagem e de irrigação das terras marginais e o desenvolvimento da já referida colónia de almocreves (Azemeles). No período que vai do séc. XV ao XVIII, a história de Oliveira de Azeméis ficou marcada pela doação feita em 1518 pelo Papa Leão X à Ordem de Cristo de um importante quinhão que pertencia ao Conde da Feira, D. Diogo Pereira, transformando-a assim em Comenda Real daquela Ordem, concedida depois a notáveis Comendadores que contribuíram, em parte, para a sua ulterior emancipação municipal. Só em 5 de Janeiro de 1799, foi elevada à categoria de Vila por D. Maria I e Sede do Concelho.
Com a reforma administrativa de Mouzinho da Silveira, em 1856, Oliveira de Azeméis passou a ser o concelho que é hoje, mercê também da extinção do concelho da Bemposta, o qual se estendia por algumas freguesias que, desta forma, passaram para o município de Oliveira de Azeméis, como o caso de Pinheiro da Bemposta, Palmaz, Loureiro, Travanca, Macinhata da Seixa e Ul. A 16 de Maio de 1984, é elevada à categoria de Cidade, mercê do seu notável progresso, densidade demográfica e categoria das suas estruturas urbanas.
Actualmente, Oliveira de Azeméis é um município fortemente industrializado, produzindo sobretudo calçado, metalurgia e metalomecânica (com especial destaque para os moldes para a indústria de plástico), plástico (com destaque para os componentes para a indústria automóvel), produtos agro-alimentares (com destaque para os lacticínios), vidro, descasque de arroz, colchões, confecções, cobres e loiças metálicas.
O município tem algum património edificado classificado: Cruzeiro do Pinheiro da Bemposta (Monumento Nacional); Pelourinho do Pinheiro da Bemposta, Ponte da Pica, Capela de Nossa Senhora da Ribeira e seus Retábulos e Esculturas, Estação da Malaposta do Curval, Casa dos Côrte-Real (ou Reis Vasconcelos), Igreja Matriz de Oliveira de Azeméis (Imóveis de Interesse Público); Ponte do Salgueiro (Imóvel de Valor Concelhio) e outro bastante interessante, de que se destacam as chamadas “Casas de Brasileiro”, principalmente em Oliveira de Azeméis, S. Martinho da Gândara e Cucujães, passando pelos Centros Históricos de Oliveira de Azeméis e de Pinheiro da Bemposta e pelas várias quintas e solares que se encontram um pouco por todo o município.
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