Madail é a freguesia mais pequena do Município de Oliveira de Azeméis, mas nem por isso menos interessante em termos de oferta turística.
Situa-se na vertente oriental do monte medievalmente denominado Castro Recarei, até ao rio Ul, ao passo que a antiga Igreja Matriz se estende na planura do lado oposto.
Madail é um curioso topónimo de origem germânica. O documento escrito mais antigo sobre Madail relaciona-se com uma igreja e trata de uma tributação do seu Bispo Jurisdicional D. Martinho Pires, imediato sucessor de D. Fernando Martins, pagando este povoado à Sé do Porto direitos a mais para a sustentação do Bispo e do seu cabido, e no reinado de D. Dinis surge a contribuição suplementar com o nome de “Taxação Eclesiástica” para subsidiar a guerra contra os mouros.
Foi aqui, na chamada "Casa do Manica", no lugar do Meio, que os Hospitalários montaram um dos seus primeiros hospícios regionais destinados a acolher os peregrinos pobres que se dirigiam a lugares santos. A criação deste hospício ficou a dever-se a uma disposição testamentária de Mem Peres Cativo e de sua irmã Alda Peres, que deixaram o que aqui possuíam à Ordem dos Hospitalários, da qual passou para a Comenda de Rio Meão, que a perdeu para a Comenda de Avanca, pertencente à Ordem de Cristo. Sabe-se também que D. Sancho I recompensou Martinho de Aragão pelos serviços prestados na reconquista, com património vincular desta freguesia, doando a leira reguenga e o hospital. Madail pertenceu ao foral da Comarca da Feira e ao Município da Bemposta, tendo beneficiado do novo foral, por alvará de D. Manuel I, em 10 de Fevereiro de 1514.
A sua pertença do Município de Oliveira de Azeméis data de 24 de Setembro de 1855. A actual Igreja Paroquial foi erguida de 1940 a 1942, após o desmoronamento da sua antecessora, no ano de 1938. A anterior igreja situava-se levemente mais abaixo, do outro lado da estrada. Era um edifício pequeno e modesto, com torre à esquerda, setecentista, de vãos rectangulares.
A ruralidade desta freguesia não ofusca o importante património que aqui se pode encontrar. A Casa, a Ponte e o Moínho do Manica, a par da Casa das Cambeiras, da Quinta das Camélias, os Moínhos do Ruivo, da Eira e do Ginete surpreendem e as fontes, as alminhas e os cruzeiros da Residência e do Souto são verdadeiros pontos de interesse turístico e cultural.
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