A Mamoa de Silvares apresentava sinais de ter possuído uma carapaça em quartzo, que com o passar do tempo e sucessivas intrusões no sítio arqueológico ficou reduzida a pequenas manchas no topo da mamoa.
A escavação parcial do sítio permitiu verificar que a zona correspondente à câmara se encontrava bastante destruída não se encontrando vestígios de esteios. O autor dos trabalhos sugere que alguns dos esteios foram reutilizados como umbrais do acesso à propriedade. Foi, apesar disso, possível identificar um conjunto de blocos pétreos de mádia e grande dimensão, que formariam a couraça do monumento. O espólio recolhido, apesar de pouco numeroso, consistia, maioritariamente, em fragmentos de cerâmica manual, bem como em artefactos líticos, entre os quais se conta uma ponta de seta.
A pouca representatividade do espólio, a alteração estratigráfica na zona da câmara e a ausência de elementos para realização de datações absolutas não permitem apontar uma cronologia absoluta para a sua construção/utilização. No entanto, é razoável supor que tenha tido uma utilização durante o Calcolítico e a Idade do Bronze.
O autor dos trabalhos refere a possibilidade de existirem outros monumentos a Sul deste, numa situação similar às necrópoles conhecidas na serra da Freita, em que um monumento de maiores dimensões estava normalmente associado a outros com menor impacto na paisagem.