Derrota amarga

O jogo mais aguardado desta quarta-feira era mesmo o da Selecção Nacional de Futsal Feminino frente ao Brasil, que encerrou mais uma jornada do III Mundial de Futsal, em Oliveira de Azeméis.

Diante da bi-Campeã do Mundo, a Equipa das Quinas manteve-se serena e organizada, à semelhança dos primeiros dois dias de torneio, factor determinante para que se tivesse adiantado no marcador logo aos quatro minutos, por Melissa.

A qualidade das duas equipas sobressaía na rapidez de cada passe ecomo trocavam a bola, levando os 2492 adeptos, que lotaram o Pavilhão Dr. Salvador Machado, ao rubro com cada jogada.

A meio do primeiro tempo, Lucileia Minuzzo aproveitou uma hesitação na defesa lusa para repor a igualdade no marcador, resultado que prevaleceu até ao intervalo.

O segundo tento das 'canarinhas' surgiu já a meio do segundo tempo, num período em que a Equipa das Quinas baixou o ritmo e o nível de concentração, abrindo mais espaços para o ataque adversário.

Apesar da desvantagem, a Equipa das Quinas não desanimou e a poucos segundos do apito final, a capitã Rita Martins rematou em força para o fundo das redes brasileiras, deixando no ar que o empate ainda era possível.

Porém, o tempo era escasso e a vitória acabou por ficar do lado da formação orientada por Marcos Sorato.

Jorge Braz em discurso directo

"Mais uma vez entrámos no jogo como lhes foi pedido, bastante pressionantes, com qualidade e organização, a querer mandar no jogo. Depois fomos gerindo adequadamente o jogo com muita razão e pouca emoção, o que comprova o crescimento destas jogadoras, mas tivemos pequenos deslizes que a este nível são fatais. Três momentos perfeitamente identificados, que acontecem e que acabaram por se traduzir em golos, o que é sinal que temos de crescer, evoluir e limar algumas arestas. Temos margem para evoluir e isso é o mais importante para não voltarmos a cometer estes deslizes."

"O Futsal Feminino em Portugal tem muita qualidade e merece muito respeito, por isso não adianta fazer comparações com o masculino. Penso que neste jogo a nossa qualidade ficou bem patente e Portugal tem muita competência, faltam apenas algumas melhorias que nos permitam eliminar estes pequenos deslizes. Sentimos muito orgulho na competência demonstrada, na forma como cumpriram as tarefas esta noite."

"Muitas das jogadoras participam nesta competição pela terceira vez, têm já algumas rotinas, graças ao trabalho que temos feito. Aumentámos o número de concentrações e penso que, neste momento, temos uma identidade de equipa. Um grupo alargado de jogadoras identificadas com um estilo de vida colectiva e o que nos falta é evoluir, porque temos muito mais para dar, isto não chega.