Biblioteca municipal perpetua nome e obra de Ferreira de Castro
Data: 19/11/2009
Biblioteca municipal Ferreira de Castro foi inaugurada pelo presidente da República, Cavaco Silva
O presidente da Republica considerou a inauguração da biblioteca municipal de Oliveira de Azeméis uma oportunidade única «para se voltar a reler Ferreira de Castro» porque a sua obra está «injustamente esquecida».
«Espero que os mais jovens, com a influência do novo equipamento, possam conhecer melhor a obra de Ferreira de Castro, um homem que nunca perdeu a esperança no futuro», disse Cavaco Silva.
O chefe de Estado – que presidiu à inauguração das novas instalações e foi agraciado com a medalha de ouro do município – mostrou confiança na aptidão do novo equipamento em «apetrechar os mais novos para os desafios de hoje, marcados por um mundo globalizado».
«Uma biblioteca não é apenas um depósito de livros, é uma porta para o mundo, uma casa onde as tecnologias de informação e comunicação permitem estar em contacto com o que se passa em todo o mundo», disse Cavaco Silva, defendendo um modelo de desenvolvimento económico indissociável da cultura e de um «compromisso social».
O imóvel inaugurado por Cavaco Silva, a 14 de Dezembro de 2007, está equipado com os mais modernos recursos tecnológicos, substituindo o anterior espaço, exíguo e sem condições.
Hermínio Loureiro considerou a inauguração do edifício «é um virar de página na vida cultural de Oliveira de Azeméis». «O acesso ao livro representa uma das bases mais sólidas do desenvolvimento social e cultural», afirmou.
«A biblioteca terá de se constituir, por isso, num pólo de atracção», disse Hermínio Loureiro.
Ápio Assunção, presidente da autarquia na altura da inauguração, perspectivou um futuro optimista para a biblioteca municipal Ferreira de Castro (BMFC).
«Um concelho moderno não pode dispensar um espaço cultural com esta dimensão», afirmou. Reforçou que o novo equipamento «vai aumentar os hábitos de leitura tornando acessível uma informação mais ampla e devidamente actualizada».
«Este é um espaço para todos que vai contribuir de forma decisiva para afastar a nossa comunidade da exclusão da informação e do conhecimento», disse.
«A cultura tem que ter um lugar central na sociedade pois não chegam os níveis económicos para ocuparmos um lugar relevante no contexto nacional», adiantou.
«O futuro assenta na formação cultural, educativa e científica», disse. Em relação ao patrono do equipamento o autarca admitiu que a biblioteca possa ser «a alavanca que falta para uma maior projecção em termos nacionais e internacionais daquela que é a maior referência cultural do concelho, Ferreira de Castro».
A biblioteca custou 3,5 milhões de euros e está inserida na zona escolar, próximo da escola secundária Soares Basto e EB1 nº 4 de Oliveira de Azeméis. Os serviços dividem-se por três pisos, destacando-se a secção infanto-juvenil, constituída por um corpo autónomo e caracterizado por espaços com diferentes valências - zonas de leitura, atelier de expressão, zona de computadores e uma sala de conto.
As restantes áreas destinam-se a adultos que dispõem de espaços de estar e de lazer e ainda salas de áudio e vídeo, zonas de empréstimo e de consulta de livros e jornais. O fundo documental é composto por 35 mil títulos nas várias valências.
A relação do edifício com o exterior é marcada pela transparência de uma fachada envidraçada. A BMFC, com 4 200 metros quadrados de construção, está vocacionada ainda para o desenvolvimento de actividades complementares através do anfiteatro localizado no rés do chão do edifício.