Os autarcas das Câmaras de Oliveira de Azeméis e de Sintra, Hermínio Loureiro e Fernando Seara,descerraram, em Sintra, uma placa evocativa do centenário da partida do escritor Ferreira de Castro para o Brasil.
Natural da freguesia de Ossela, Oliveira de Azeméis, Ferreira de Castro, um dos maiores nomes da literatura portuguesa e um dos autores com mais obras traduzidas em todo o mundo, encontra-se sepultado na serra de Sintra por vontade própria.
Ao completar os 100 anos da sua partida para o Brasil, a autarquia de Oliveira de Azeméis associou-se à efeméride através do descerramento de uma lápide comemorativa no Museu Ferreira de Castro, sessão que contou ainda com a presença do presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara.
«Ferreira de Castro é uma referência da história do município e da cultura do país pelo que a autarquia não poderia deixar passar em claro esta data marcante na vida daquele que viria a ser um dos maiores vultos da literatura portuguesa», afirmou Hermínio Loureiro, presidente da autarquia oliveirense.
José Maria Ferreira de Castro nasceu a 24 de Maio de 1898, no lugar de Salgueiros, freguesia de Ossela, concelho de Oliveira de Azeméis.
Aos 12 anos partiu para o Brasil, regressando a Portugal nove anos depois. Passou pelo jornalismo como redactor no jornal «O Século» e como director do jornal «O Diabo». É considerado um dos maiores escritores da sua época, tendo como obras mais conhecidas «Emigrantes» (1928) e «A Selva» (1930).
Estas duas publicações resumem a sua dura experiência de emigração e sofrimento Ferreira de Castro faleceu no Porto em 29 de Junho de 1974. Foi sepultado, por vontade sua, em Sintra, terra que muito amara e onde passou parte dos seus últimos anos de vida.