O Azeméis Film Festival arranca hoje, sexta-feira, com dois momentos, a exibição de novas cópias de filmes de três cineastas oliveirenses e a inauguração (21h00) da exposição “Anos 60/70 - O cinema de Oliveira de Azeméis”.
Trata-se de uma exposição associada à atividade cinematográfica dos oliveirenses Manuel Matos Barbosa, António Matias e Manuel Paula Dias que faz uma viagem pelos equipamentos que permitiram a realização dos seus filmes mas também o encontro com documentos da época, prémios e o reflexo das preocupações artísticas que sempre acompanharam os cineastas oliveirenses.
A exposição estará aberta durante o mês de outubro na Galeria Tomás Costa, em frente ao espaço O Cinema, onde decorrem todas as projeções.
Sessenta anos depois, os três cineastas de Oliveira de Azeméis vão poder voltar a ver quatro dos seus filmes no grande ecrã da sala "O Cinema".
Após uma cuidada digitalização serão pela primeira vez exibidas as novas cópias dos filmes:
“5 Escudos o Metro Cúbico” de António Matias (1959), “O Moinho” de Manuel Matos Barbosa (1969), “Decomposição” de Manuel Paula Dias (1970) e “Vidros” também de Matos Barbosa (1970).
São 3 documentários filmados na região por Matos Barbosa e António Matias e um filme experimental que Manuel Paula Dias filmou entre Aveiro e Oliveira de Azeméis.
Estas obras marcam a produção cinematográfica portuguesa dos anos 60 e 70 onde as curtas-metragens foram maioritariamente produzidas pelo chamado “cinema não profissional”, em formatos reduzidos, com cópia única, mas por onde passam preocupações artísticas, sociais e tantas vezes políticas, que ajudam a preenchem a memória desses tempos conturbados.
Os filmes vão ser acompanhados pelo compositor e guitarrista Joaquim Pavão, também ele cineasta.
A inauguração do Azeméis Film Festival está marcada para as 21h30 de hoje e decorre até domingo à noite, altura em que será exibido o filme
premiado do festival.
Na sessão inaugural (21h30) será ainda exibido o documentário “De los nombres de las cabras”, rodado nas Canárias por Silvia Navarro e Miguel G. Morales.