A primeira edição do Prémio Literário Ferreira de Castro distinguiu o lusodescendente Marcus Quiroga e a emigrante Irene Marques.
Os prémios foram entregues em Oliveira de Azeméis, município de onde é natural o escritor que dá nome ao galardão instituído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, em parceria com o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
A cerimónia, à qual se associou a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, decorreu na biblioteca municipal Ferreira de Castro e serviu para recordar o nome do escritor oliveirense, um dos autores portugueses mais traduzido, e realçar a lusofonia portuguesa.
Durante a sessão, o presidente do júri, Carlos Reis, elogiou as obras premiadas destacando a qualidade de escrita dos vencedores.
O Prémio Literário distinguiu a obra “Não Viajarei por Nenhuma Espanha”, um conjunto de poemas de Marcus Quiroga, um lusodescendente com 25 livros publicados no Brasil, e “Uma Casa no Mundo”, de Irene Marques, uma emigrante com quatro livros publicados no Canadá.
Os vencedores receberam um prémio individual de 5.000 euros e terão, agora, direito a ver as suas obras editadas pela Casa da Moeda com tiragem prevista para o mês de setembro.
O diretor editorial da Casa da Moeda, Duarte Azinheira, falou do prémio como sendo um “sucesso” e uma forma de divulgar a língua e a cultura portuguesa, “em particular da literatura produzida pelos nossos emigrantes e lusodescendentes na diáspora”.
Também o presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, abordou o prémio nesse sentido afirmando que o mesmo é um estímulo ao aparecimento de autores na diáspora portuguesa que ajudarão a difundir e a afirmar a criação literária e a cultura nas comunidades de acolhimento. Um trabalho atribuído exclusivamente a emigrantes portugueses e lusodescendentes através da defesa da língua e da diáspora, razão pela qual o nome escolhido para o prémio seja o de Ferreira de Castro.
A presença da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas em Oliveira de Azeméis deu brilho à cerimónia da entrega de prémios demonstrando a importância que o Governo dá às questões associadas à diáspora, à língua e à divulgação da cultura portuguesa.
Concorreram a esta primeira edição do Prémio Literário Ferreira de Castro cerca de 70 obras inéditas, de autores lusófonos de Portugal, Irlanda, Suíça, Brasil, Bélgica, Espanha, Luxemburgo, Reino Unido, Alemanha, França, Austrália, Moçambique, Argentina, Canadá, Estados Unidos da América.