A sala polivalente da biblioteca municipal Ferreira de Castro foi pequena para acolher a cerimónia de entrega dos prémios do concurso de espantalhos Francisca OAZ.
A cerimónia contou com a presença do vice-presidente da autarquia, Rui Luzes Cabral, da vereadora da cultura, Ana de Jesus, e de Conceição Ferreira, a impulsionadora do 1º Festival de Espantalhos de Portugal que decorreu em Oliveira de Azeméis nos meses de junho e julho.
Ao longo da noite foram entregues mais de três dezenas de prémios aos vencedores nas 11 categorias e ainda os prémios do concurso de fotografia Francisca OAZ.
A cerimónia constituiu-se num momento de festa pelo sucesso que foi o 1º Festival de Espantalhos que reuniu, durante dois meses, centenas de espanta-pássaros espalhados pela cidade e concelho.
O êxito da iniciativa passou pelo envolvimento de instituições, juntas de freguesias, associações e particulares tendo resultado no regresso da tradição dos espantalhos à cidade duas décadas após a realização do “Macinhata Espanta”.
Sobre o Festival de Espantalhos, o vice-presidente da autarquia, Rui Luzes Cabral, disse ser importante “mantermos a nossa memória, recuperar tradições e criar uma intergeracionalidade entre os mais velhos e os mais novos”. E foi isso que aconteceu com a iniciativa à qual o autarca atribui um valor acrescido na transmissão de conhecimento e cultura.
“Construir um espantalho pode ser um ato de brincadeira que depois se pode revestir de um ato cultural e de grande simbolismo para todos nós ao permitir que se contem histórias aos netos, aos filhos e amigos, histórias que são importantes para o conhecimento da nossa terra, da nossa rua ou da nossa família”, disse Rui Luzes Cabral.
O autarca sublinhou que “os agricultores antigos não faziam a mínima ideia de que o que estavam a construir na altura para usar nos campos seriam hoje uma atração cultural muito importante para Oliveira de Azeméis”.
Segundo o autarca, o Festival de Espantalhos “correu muito bem” resultando num êxito.
A impulsionadora do Festival, Conceição Ferreira, salientou o esforço e a paixão que estiveram na base do evento que adotou o nome Francisca, a espanta-pássaros resgatada no Alentejo e que veio viver para Oliveira de Azeméis. “Valeu a pena, apesar do cansaço”, disse a mentora do projeto que teve à sua volta uma equipa de voluntárias.