Centenas de espantalhos, animações de rua, arte urbana, concursos, música e até o lançamento de um livro serão os principais ingredientes do 1º Festival de Espantalhos de Portugal “Francisca OAZ” que decorrerá na em Oliveira de Azeméis entre 1 de junho e 31 de julho.
Nesse período, quem sair à rua ou visitar oliveira de azeméis vai confrontar-se com centenas de espantalhos espalhados por toda a cidade naquele que é o reativar de uma tradição de Oliveira de Azeméis depois do sucesso, há 20 anos, da iniciativa “Macinhata Espanta” que colocou o concelho no “Guiness Book” com a confeção e a exibição de mais de 1 100 figuras de palha que atraíram, na altura, milhares de visitantes portugueses e estrangeiros à freguesia de Macinhata da Seixa.
Os espantalhos fazem parte de uma prática antiga que os agricultores oliveirenses utilizavam para defenderem as suas cerejeiras das investidas das aves.
Segundo Joaquim Jorge, presidente da autarquia, “ao realizarmos este festival estamos a recuperar uma tradição e uma manifestação cultural que teve grande expressão no passado”.
A expetativa da impulsionadora do projeto, Conceição Ferreira, é reunir 700 espantalhos nesta primeira edição do festival, 300 dos quais na cidade e os restantes nas freguesias.
Segundo Conceição Ferreira, que tem o apoio da autarquia, “os espantalhos serão colocados nas janelas das habitações e noutros pontos altos dando um colorido forte à cidade”.
"Queremos que as pessoas que nos visitam se sintam em casa”, explica, destacando que haverá muita cor pelas ruas, muita animação para as crianças e o envolvimento da comunidade estudantil”.
As juntas de freguesia e as associações foram convidadas a participar na produção dos espantalhos encontrando-se já a organização a debater-se com alguma dificuldade no seu armazenamento.
Todos os municípios do país foram também convidados a participar através do envio de um espantalho de forma a dar a máxima expressão à iniciativa.
“Queremos ver esta marca de Oliveira de Azeméis estendida a nível nacional”, afirmou o presidente da autarquia na apresentação do evento, esperando que o festival “seja uma marca cultural do concelho que fique para o futuro e se constitua num grande evento”.
“Temos condições para afirmar esta marca distintiva que faz parte da nossa cultura e identidade”, acrescentou o autarca não excluindo a possibilidade do evento abrir-se, no futuro, à participação de outros países com a mesma tradição.
O vereador da cultura, Rui Luzes Cabral, espera uma boa adesão dos oliveirenses ao evento contribuindo para o crescimento do festival nos próximos anos.
“Queremos relançar a marca dos espantalhos e que seja agora para ficar como um grande traço cultural do concelho”, disse, explicando que as juntas de freguesia e as associações foram incentivadas a aderir colocando espantalhos nos espaços públicos e “as pessoas a terem um espantalho a sair da janela, da varanda ou da chaminé das suas habitações”.
“Serão dois meses com muitas atividades”, promete o autarca destacando momentos musicais, animações de rua (malabares, teatro de fantoches e jogos tradicionais), um concurso de fotografia e o lançamento do livro “Francisca OAZ”.
Os visitantes poderão ver ainda arte urbana no Mural do Espanto, fazer a Rota dos Espantalhos ou assistir ao musical “Francisca OAZ”. O programa associado ao festival prevê ainda a realização de um convívio de emigrantes e a existência de espaços gastronómicos.