O GOTA, Grupo Oliveirense de Teatro Amador, foi o vencedor da primeira edição do prémio de Teatro Alfredo Cortez, promovido pela Câmara de Oliveira de Azeméis.
O júri do prémio, destinado a homenagear este dramaturgo que viveu e escreveu grande parte da sua obra em Oliveira de Azeméis, decidiu distinguir como melhor peça original o texto “Segredo no Confessionário”, da autoria do grupo GOTA.
O prémio, no valor de cinco mil euros, foi entregue no dia 29 de julho na sala de reuniões do executivo ficando o vencedor obrigado agora a transpor a peça para o palco na altura das Comemorações do Dia Mundial do Teatro (27 de março).
Além do trabalho vencedor o júri, constituído por Carlos Fragateiro, professor de teatro da Universidade de Aveiro, António Reis, diretor da Companhia de Teatro Seiva Trupe, e o ator Luís Aleluia, analisou ainda mais duas peças concorrentes: “Depois do Amor vem o Terror”, apresentada pela Associação de Teatro Experimental do Curval (ATEC), e “Dá licença Majestade”, da NOZ, Associação Nogueirense de Cultura e Desporto.
O prémio Alfredo Cortez visa a criação e a divulgação de obras originais e promover a atividade dos grupos de teatro amador do concelho de Oliveira de Azeméis.
Autor de inúmeras peças para teatro e sátiras, Alfredo Cortez foi um dos dramaturgos portugueses com maior projeção no período entre as duas grandes guerras mundiais.
Alfredo Cortez nasceu em Estremoz em 1880 e licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1905. Cinco anos depois, passou a residir em Oliveira de Azeméis ao casar com Dulce Maria Lopes Godinho, filha do causídico José Lopes Godinho, então presidente da autarquia e diretor do “Jornal do Povo”, órgão local do Partido Progressista.