A Câmara de Oliveira de Azeméis inaugurou o Centro de Leituras Castrianas, um espaço de pesquisa e consulta de acervos bibliográficos, documentais e iconográficos sobre o escritor Ferreira de Castro, uma das figuras mais importantes da literatura portuguesa do século XX.
A inauguração do novo espaço integrou as comemorações do 119º aniversário do nascimento do escritor, o maior ícone cultural do município de Oliveira de Azeméis.
“Pela obra imortal que nos deixou temos a obrigação de evocar Ferreira de Castro, um dos maiores filhos da nossa terra, carregando a responsabilidade de estender este tipo de iniciativas e comemorações às escolas”, afirmou Isidro Figueiredo, considerando o espaço inaugurado um local de excelência e especializado para a divulgação e conhecimento da obra do escritor.
Para Gracinda Leal, vereadora da cultura, o Centro de Leituras Castrianas constitui “um inestimável repositório para o estudo e compreensão de Ferreira de Castro e do seu tempo”.
O novo espaço, integrado na biblioteca de Ossela, disponibiliza ao público as obras do autor, teses académicas sobre o escritor, um vasto inventário e espólio bibliográfico, além de três dezenas de títulos de bibliografias de autores sobre o escritor oliveirense, recentemente adquiridos pela autarquia.
Explicando a razão do projeto, a vereadora da cultura disse ter sido intenção do município dotar o espaço de “um fundo especializado sobre Ferreira de Castro” bem como avançar com a “reavaliação do inventário para afetar á biblioteca de Ossela” e das obras de referência ao escritor.
A vereadora referiu-se ainda ao trabalho de musealização da casa-museu realizado nos últimos anos pela autarquia ao nível do inventário e catalogação do espólio, preservação e registo de alguns dos seus bens como a replicação do manuscrito da obra “As maravilhas artísticas do mundo” e a digitalização das obras e documentos expostos.
No âmbito do 119º aniversário do nascimento de Ferreira de Castro foi ainda apresentada a reedição da obra “Emigrantes”, um livro que, segundo Gracinda Leal, “marca um novo tempo e abre um caminho fundamental na história da literatura do século XX”.
A ilustração da capa do livro, que teve a encenação dos alunos da escola da EB da Areosa, é da autoria do pintor Da Rocha, artista plástico oliveirense cuja memória foi lembrada na sessão comemorativa.