Concelho viveu os 100 anos de vida literária de Ferreira de Castro

Ao longo de um ano a obra e a vida do escritor Ferreira de Castro estiveram na linha da frente da cultura de Oliveira de Azeméis.

Dezenas de atividades, entre seminários, palestras e exposições, foram realizadas por todo o concelho com o objetivo de assinalar os 100 anos da vida literária de Ferreira de Castro, iniciada há um século com a publicação, em fascículos, do romance “Criminoso por ambição”.

Um ano depois do seu início, as comemorações foram encerradas com o espetáculo “Ferreira de Castro, O Ser Humano”, pela Oficina DÁrtes Meia Ponta, no cine-teatro Caracas.

Antes, o presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Isidro Figueiredo, disse que o objetivo da iniciativa foi “tirar Ferreira de Castro do esquecimento e levá-lo à escola e à comunidade”.

Segundo o autarca, a divulgação do autor do livro “A Selva” não termina nas comemorações uma vez que “serão desenvolvidas outras atividades para marcar a figura do escritor” com o envolvimento dos estabelecimentos escolares, dos parceiros (Centro de Estudos Ferreira de Castro, juntas de freguesia…) e a realização de eventos culturais.

O presidente da Câmara anunciou que a autarquia irá assumir a parceria na organização do Prémio Ferreira de Castro com a Associação do Prémio Nacional de Literatura Juvenil Ferreira de Castro.

As comemorações da vida literária do escritor oliveirense iniciaram-se a 7 de janeiro de 2016 com um programa que, segundo a vereadora da cultura, Gracinda Leal, “potenciou o envolvimento da comunidade local” e se revelou “dinâmico, aberto e transversal a várias instituições não só de âmbito local como nacional”.

Intervindo no encerramento das comemorações, a vereadora agradeceu a todas as pessoas e instituições que dinamizaram e participaram nos festejos que se estenderam ainda a outros municípios como Montalegre, Covilhã, Vale de Cambra, Leiria, Sintra e Ovar.

A responsável pela cultura deixou vincada a vontade de que “Ferreira de Castro continue a unir-nos sempre porque onde não há cultura não há futuro”.

As comemorações, que decorreram ao longo de um ano, visaram homenagear o escritor Ferreira de Castro e divulgar e preservar o seu património literário envolvendo nesse trabalho a sociedade, as escolas e as associações concelhias.