Fernando Paúl, sobre o qual se assinala este ano o centenário do seu nascimento, fotografou tudo, ou quase tudo, o que havia para fotografar: pessoas, património, paisagens, o espaço urbano, as vivências e as transformações do concelho ao longo das décadas em que desenvolveu a sua atividade.
No âmbito do centenário do seu nascimento, a autarquia de Oliveira de Azeméis lançou a exposição fotográfica “Imagens de quem somos! Pela objetiva de Fernando Paúl”, patente atualmente na Casa da Leitura de Cesar, até ao dia oito de julho.
O fotógrafo oliveirense nasceu a 10 de fevereiro de 1922, deu continuidade ao estúdio do seu pai (Foto Paúl) e nunca deixou de fotografar até falecer a 11 de setembro de 2000.
Aprendeu a arte com o seu pai, o mestre Eduardo Paúl, que decidira fixar-se em Oliveira de Azeméis e fundar a “Foto Paúl”.
Não haverá oliveirense nenhum que não saiba, ou que nunca tenha ouvido falar de, Fernando Paúl, associando esta figura à arte fotográfica, quer através da fotografia no espaço público, quer do trabalho em estúdio (retratos).
Foi com grande mestria que captou monumentos, objetos, pessoas, manifestações culturais e sociais. O seu trabalho permitiu deixar aos oliveirenses um legado cultural e patrimonial, importante para o conhecimento das mudanças que o concelho sofreu ao longo do século XX.
O seu acervo foi doado ao município pela filha, Dra. Branca Paúl, tendo o arquivo municipal desenvolvido um trabalho de conservação, inventariação, digitalização e divulgação através da plataforma Arquivo Digital e redes sociais institucionais.
O equipamento, do qual se destacam as máquinas fotográficas antigas, a banca de revelação, os ampliadores, as esmaltadeiras e o material de retoque, fazem parte da exposição permanente “Do estúdio ao laboratório”, patente no arquivo municipal.