«Esta é uma obra muito importante porque se trata de intervir no pulmão da cidade, um espaço ambientalmente sensível e afetivamente ligado á vida de todos os oliveirenses», afirmou Hermínio Loureiro, presidente da autarquia.
«Os trabalhos vão criar incómodo aos visitantes mas será um esforço compensador para quando a obra estiver concluída e for posta ao serviço dos oliveirenses», disse o autarca, esperando que «os prazos de execução sejam cumpridos».
A obra, que deverá iniciar-se até ao final desta semana, foi entregue por 956 mil euros, valor abaixo do preço-base da adjudicação (1,3 milhões de euros).
Este é o quinto projeto da modernização do parque da cidade a avançar depois de terem sido já concluídas as obras de construção da nova mata e dos parques infantil e sénior e a execução dos parques de merendas e eventos.
A intervenção, com prazo de execução de cinco meses, incidirá no traçado e forma original do núcleo central, caminhos e estruturas construídas, lago, iluminação, mobiliário e mancha florestal.
Segundo a proposta técnica, será respeitado o valor patrimonial do núcleo histórico adequando-o a «medidas de conservação e adequação contemporâneas».
Serão preservados também os traços originais do lago e dos elementos de «betão histórico» (ponte, cascata-gruta, bancos, varandins e nichos).
O projeto prevê a alteração da imagem do café «Abrigo da Montanha» e da esplanada ao nível do mobiliário e do pavimento.
No que se refere aos caminhos pedonais, os atuais pavimentos em saibro serão substituídos por pavimento betuminoso revestido a gravilha fina de granito amarelo.
As estradas que circundam o núcleo histórico serão transformadas em calçada de paralelepípedos dando maior durabilidade ao piso e tendo efeito dissuasor da velocidade.
A tipologia da iluminação (candeeiros de ferro fundido) manter-se-á, respeitando os elementos mais antigos existentes no parque.
A mesma estratégia será adotada para os bancos de jardim, papeleiras e bebedouros.
Depois da recuperação do núcleo histórico ficará apenas por executar a construção do Centro de Interpretação do Vidro, uma infraestrutura destinada a preservar a herança da indústria vidreira nos aspetos históricos, culturais e sociais bem como divulgar a cultura científica e tecnológica em torno da produção e aplicação do vidro.
O projeto global de requalificação do Parque de La Salette ascende a cerca de cinco milhões de euros.