A Câmara de Oliveira de Azeméis está aberta «a reforçar a cooperação entre Portugal e Moçambique em vários setores, entre eles o da Educação», afirmou o presidente da autarquia, Hermínio Loureiro.
A vontade e a disponibilidade do município, foi manifestada junto do ministro da Educação de Moçambique, Augusto Jone Luís, que se deslocou a Oliveira de Azeméis onde visitou as instalações da Escola Superior Aveiro Norte, da Universidade de Aveiro, e participou no seminário «Ensino dual e formação no contexto de trabalho».
«Estamos disponíveis em cooperarmos institucionalmente com Moçambique na área da Educação», disse Hermínio Loureiro, mostrando que a cooperação poderá envolver os setores empresarial e industrial tendo em conta «a fortíssima vocação exportadora do município».
Segundo o autarca, Oliveira de Azeméis exporta, anualmente, mais de 700 milhões de euros colocando o concelho no «top 20» dos municípios portugueses que mais faturam nas transações comerciais com o estrangeiro.
«Existe já empresas a exportar para Moçambique e queremos, se possível, incrementar a relação comercial com este país da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa», observou.
Sobre a importância da educação e da qualificação profissional, Hermínio Loureiro disse ser fundamental que o ensino, as empresas e os municípios trabalhem em parceria e em rede.
«É neste triângulo virtuoso que será possível aumentar a competitividade, melhorar a qualificação profissional e gerar mais riqueza e mais emprego», acentuou.
«Todos ganhamos se as escolas, as universidades e as empresas abrirem os seus laboratórios e partilharem o saber e o conhecimento», disse Hermínio Loureiro, acrescentando que «se a formação e a qualificação forem contínuas será mais fácil a integração das pessoas na vida ativa».
O autarca de Oliveira de Azeméis sublinhou a dificuldade dos empresários oliveirenses em conseguirem recrutar técnicos qualificados, defendendo, por essa razão, que «as escolas precisam de se adaptar às necessidades do mundo do trabalho».
Também o ministro da Educação de Moçambique, que termina hoje uma visita a Portugal, reconheceu ser importante o envolvimento das empresas e das estruturas de ensino na formação de quadros técnicos «numa altura em que Moçambique necessita de formar jovens para novos mercados de trabalho como o gás e o carvão».
Segundo Hermínio Loureiro, «a Educação é uma aposta estratégica e transversal desde o ensino pré-escolar ao ensino superior» traduzindo-se na existência da Escola Superior Aveiro Norte, da Universidade de Aveiro, na Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa, na Escola Sénior de Oliveira de Azeméis e noutros mecanismos como o Centro de Línguas e o Centro para a Qualificação e Ensino Profissional, que funciona na escola secundária Ferreira de Castro.