A Comissão Municipal de Defesa da Floresta aprovou hoje o Plano Municipal Operacional (POM) de Oliveira de Azeméis para 2010, um instrumento destinado a permitir um combate rápido e coordenado aos incêndios.
O Plano foi elaborado de acordo com o estipulado nas orientações do Governo e da Autoridade Florestal Nacional e envolve diversas entidades com o objectivo de constituir-se numa estrutura organizada e avaliar as acções e os meios para a detecção, primeira intervenção, combate e rescaldo aos incêndios florestais.
O documento aprovado é «um plano dinâmico e interactivo», identifica as actividades que constituem perigo para a floresta e faz uma análise à distribuição da área ardida, das ocorrências e das causas dos incêndios.
O plano identifica ainda, por cada entidade, os meios e recursos disponíveis, destacando que «a organização do dispositivo operacional de defesa da floresta contra incêndios deverá variar consoante os níveis de alerta».
O documento destaca ainda a importância da primeira intervenção e dos 12 locais estratégicos de vigilância, além do papel de cada uma das entidades no terreno em termos de actuação e coordenação.
A Comissão Municipal de Defesa da Floresta analisou ainda os pontos de água aéreos, fundamentais no ataque aos incêndios, existentes nas freguesias de Palmaz, Ossela, Travanca, Ul, Loureiro, Pinheiro da Bemposta e Santiago de Riba-Ul.
No concelho de Oliveira de Azeméis arderam, entre 1980 e 2009, mais de três mil hectares de floresta, correspondendo a cerca de 32% da área florestal. Os piores anos foram 2005, com 735 hectares de área ardida, e 2006 com 362 hectares, cerca de metade da área do ano anterior.
A floresta ocupa 60% do território concelhio, a que corresponde 96 dos 162 quilómetros quadrados de área. A ocupação urbana apenas abrange 30% da área do território.
Face aos dados apontados no relatório sobre a ocupação territorial, no âmbito da revisão do Plano Director Municipal, a autarquia encara a floresta como «um recurso natural importante», tanto a nível da preservação do equilíbrio ecológico como do aproveitamento económico».
Segundo Hermínio Loureiro, presidente da autarquia, torna-se «imprescindível a definição de medidas de planeamento que permitam o seu melhor aproveitamento» ainda que os incêndios tenham destruído «extensas áreas florestais» sendo, por essa razão, um «problema grave que se tem vindo a agravar nas últimas décadas com graves repercussões sociais, económicas e ambientais».