A Câmara de Oliveira de Azeméis vai apresentar uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para a construção da Área de Acolhimento Empresarial (AAE) de Ul-Loureiro, anunciou o presidente da autarquia.
A candidatura está ainda a ser elaborada e será entregue na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) até dois de Julho, dia em que termina o concurso para o apoio à criação de novas AAE através do financiamento de 32 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
O plano de urbanização industrial envolve, numa primeira fase, 40 hectares de terreno e visa promover a qualificação do tecido empresarial, incentivar a inovação e a capacidade empreendedora e promover a visibilidade de empresas e produtos de Oliveira de Azeméis.
Segundo Hermínio Loureiro, presidente da autarquia, «o esforço da comunidade empresarial merece ter espaços industriais de qualidade e é nessa perspectiva que pretendemos transformar a Área de Acolhimento Empresarial de Loureiro numa zona de excelência e referência industrial».
«Temos orgulho na nossa classe empresarial e por essa razão temos de dar aos empresários as melhores condições para prosseguirem os seus investimentos», afirma Hermínio Loureiro, considerando que o projecto irá permitir a adequada utilização do solo industrial e promover a competitividade.
«Queremos potenciar o tecido económico e aumentar a competitividade, por isso temos de estar atentos aos novos desafios colocados aos empresários oliveirenses que, apesar da crise mundial, souberam responder aos problemas criando novas oportunidades, apostando na investigação, no desenvolvimento de novos produtos e na procura de novos mercados», disse.
«Além de atrair investimento, queremos dar condições aos nossos empresários para colocarem as suas empresas em locais de excelência, modernos e atractivos», adianta o autarca justificando a candidatura da autarquia ao Programa Operacional do Norte.
A AAE de Loureiro, localizada próximo da A1 e A29, com ligação privilegiada a Espanha e ao Porto de Aveiro, prevê tipologia condominial com construção de edifícios e infra-estruturas físicas de uso colectivo a nível viário, telecomunicações, banda larga, água, energia e recolha de resíduos e efluentes.
A proposta de candidatura equaciona um conjunto de serviços e espaços que vão desde a simples instalação das empresas às novas gerações do empreendedorismo e á partilha de formação, informação e transferência de tecnologia.
O plano de intenções dá enfoque na aposta de uma área de instalação de empresas de serviços económico-financeiros (correios, bancos…), espaços comuns (salas de reunião e formação, auditório…), serviços públicos e privados de apoio às empresas, aos empreendedores e a alunos e espaços de alojamento de empresas pós-incubação, de perfil terciário.
Segundo Hermínio Loureiro a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte CDRN considerou a AAE de Loureiro «um investimento de elevado interesse estratégico para a Área Metropolitana do Porto» tendo sido eleita pela CCDRN como «uma zona prioritária» em termos de plataforma de atracção de investimento para zonas industriais.
No plano do desenvolvimento económico a aposta municipal abrange ainda a aprovação dos planos de pormenor de todas as zonas industriais.
«Queremos requalificar os nossos espaços industriais porque, dessa forma, estamos a reforçar a competitividade das empresas, a aumentar a vocação exportadora de Oliveira de Azeméis e a gerar riqueza e emprego sabendo-se que o desemprego é o principal problema que afecta a população», afirma Hermínio Loureiro, anunciando ter sido aprovada já a requalificação, de 2,3 milhões de euros, da zona industrial de Oliveira de Azeméis.