O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis anunciou que a autarquia vai avançar em breve com a abertura da loja do consumidor.
«O novo espaço decorre da necessidade de contribuir para encontrar as melhores soluções para as questões, dúvidas e reclamações que preocupam os consumidores», afirmou Hermínio Loureiro durante a conferência «Educação Financeira» que decorreu na biblioteca municipal Ferreira de Castro no âmbito do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor.
«A abertura da loja pretende melhorar a informação e o apoio ao consumidor no que diz respeito aos seus direitos e à legislação em vigor, disse.
Os consumidores devem estar «atentos e esclarecidos» defendeu, por sua vez, o responsável pelo pelouro da defesa do consumidor, Pedro Marques, lembrando que «cabe a todos educar para modos de consumo socialmente responsáveis».
«O forte crescimento do endividamento levou as famílias a recorrer às instituições de crédito que se reflectiu num desequilíbrio orçamental do individuo ou do agregado familiar, disse, acrescentando que, «esta situação provocou graves implicações, tanto a nível psicológico como social».
Segundo Pedro Marques, «o município tem tido um papel muito activo na defesa do consumidor e para isso aposta na informação».
Para Sérgio Cruz, representante do projecto Matemática Ensino, da Universidade de Aveiro, «o consumidor deverá possuir uma capacidade individual para gerir bem as suas próprias finanças» pelo que é necessária uma «disciplina orçamental eficiente para suprimir a complexidade do mundo e a rapidez das mudanças».
«A educação financeira, enquanto processo de aprendizagem e ensinamento, é fundamental e envolve todos os agentes desde a sala de aula até à sepultura», afirmou concluindo que «um cidadão pleno é aquele que sabe equilibrar e gerir o seu plano financeiro».
Na mesma lógica de pensamento, Catarina Frade, professora do «Observatório do Endividamento» garante que «ter educação financeira é uma boa medida para evitar o processo de endividamento», pelo que «a falta de informação pode levar à ausência de controlo».
«Estamos perante uma sociedade de híper-escolhas, num mundo de proliferação das novas tecnologias e isso implica ao consumidor uma necessidade de busca de literacia financeira», sublinhou Beja Santos, da Direcção-Geral do Consumidor.
A eurodeputada e membro da Comissão do Mercado Interno e da Protecção dos Consumidores, Regina Bastos, abordou a nova directiva comunitária para a protecção dos direitos do consumidor.
No que se refere às políticas do consumidor e à segurança dos produtos, a eurodeputada considerou que Portugal tem das legislações «mais avançadas».