A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis homenageou as padeiras de Ul inaugurando, na rotunda junto à igreja matriz, um conjunto escultórico representativo do fabrico artesanal do pão de Ul, uma das iguarias que faz parte da gastronomia local.
O monumento, composto por utensílios usados no fabrico, transporte e venda do pão, visa perpetuar uma atividade secular que assumiu, ao longo do tempo, uma grande importância no modo de vida da população da freguesia de Ul.
O número de padeiras que produzem o pão de Ul tem vindo a diminuir progressivamente levando a autarquia a olhar com preocupação para o futuro desta profissão.
Daí o apelo do presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, feito às padeiras para que “não deixem morrer o pão de Ul e passem a sua sabedoria e conhecimento às próximas gerações de forma a perpetuarem este importante legado”.
O autarca referiu-se ao processo de certificação do pão, em curso, e à sua importância para manter a qualidade desta iguaria que considerou um produto único e identitário.
“Vamos todos trabalhar para preservar o pão de Ul”, disse Joaquim Jorge agradecendo o trabalho das padeiras tanto ao nível do fabrico como da garantia dos processos de confeção tradicional desta iguaria.
“As padeiras são o símbolo máximo do produto de excelente qualidade que é o pão de Ul”, sublinhou o autarca na inauguração que contou com o presidente da União de Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madaíl, Manuel Alberto, a presidente da Associação de Produtores de Pão de UL, Lurdes Resende, e a autora do monumento, Ana Sousa.
A freguesia de Ul tem, no pão de Ul, uma das suas marcas de identidade.
Ao longo de mais de dois séculos construíram-se muitas histórias de vida e de trabalho em torno das padeiras de Ul, dos moinhos de água e dos moleiros.