O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge afirmou, na cerimónia de encerramento do “Simposium Aveiro 4.0”, ser necessário que o governo continue a apoiar os empresários e a apostar na internacionalização da economia e na capacitação dos recursos humanos.
O evento organizado pela AIDA CCI - Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro, teve lugar no Centro de Negócios de Oliveira de Azeméis onde cerca de duas centenas de gestores, empresários e profissionais de vários setores debateram, o modelo da indústria 4.0, conhecida também como a quarta revolução industrial.
No final dos trabalhos, que contou com a presença do ministro do Planeamento, Nelson de Souza, Joaquim Jorge deu conta do desafio do município em atrair para o concelho empresas de base criativa e tecnológica sublinhando que Oliveira de Azeméis possui “o ADN necessário, empresários empreendedores e mão-de-obra qualificada”.
Destacou ainda a vontade de atrair e fixar talentos e conhecimento pelo que o município está a trabalhar no projeto “Fábrica do Futuro” destinado a privilegiar a relação entre o tecido empresarial e o mundo académico.
O presidente informou que as empresas oliveirenses representam 1,6% das exportações portuguesas o que coloca o concelho no “top ten” dos municípios mais exportadores da região norte possuindo mais de 7 500 empresas.
A encerrar o Simposium, o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, considerou que “na indústria 4.0 estão depositadas todas as esperanças para reganhar a competitividade e a produtividade fortemente iludidas na última década e meia por parte da indústria mundial”.
O membro do governo chamou a atenção para o que representa a indústria 4.0 enquanto desafio e para as ameaças que constituem, ao mesmo tempo, a revolução digital e tecnológica.
Sublinhou que o governo não esquecerá de ter programas mitigadores para os efeitos negativos desta digitalização, acrescentando que “as políticas públicas deverão garantir os meios financeiros necessários para que as Pequenas e Médias Empresas (PME) possam investir o necessário para concretizar este tipo de estratégia da indústria 4.0”.
O presidente reeleito da AIDA CCI, Fernando Paiva de Castro, salientou o esforço que a associação continuará a fazer ao nível da qualificação e requalificação dos recursos humanos das empresas no âmbito do novo modelo produtivo da indústria 4.0.
“É necessário investir na formação para que os ativos das empresas continuem inseridos no mercado de trabalho e na sociedade”, observou o dirigente da AIDA CCI.