As memórias mais representativas da indústria vidreira de Oliveira de Azeméis fazem parte de uma exposição patente no átrio da escola secundária Soares de Basto.
A mostra, designada “A história vítrea de Oliveira de Azeméis”, decorre no âmbito do seminário internacional “Vidro – História e Cultura no Desenvolvimento e na Identidade de um Povo”, marcado para a próxima terça-feira com a participação de investigadores de Portugal, Espanha e Itália.
A exposição insere-se no percurso iniciado pela Câmara há mais de um ano para classificar a tradição vidreira do concelho como património cultural imaterial da Unesco.
“Esta mostra é um a evidência do que fomos no passado em termos industriais e do impacto que a Fábrica do Covo, a primeira unidade de vidro do país, teve em toda esta região”, disse o autarca na inauguração.
Para o autarca “temos a obrigação de preservar este património industrial e o saber fazer tradicional resultante de uma atividade ininterrupta de quase 500 anos da indústria vidreira”.
A Fábrica do Covo manteve atividade contínua desde 1520, ano em que foi criada, até 1924, data do seu encerramento. A atividade vidreira prosseguiu com outras empresas até ao final da década de noventa.
“Queremos que toda esta memória não se perca criando uma consciência coletiva de preservar a história do vidro para que os jovens percebam que a realidade industrial atual teve o vidro na sua génese”, reforçou o autarca.
A exposição, patente até ao dia 31 de maio, dá a conhecer em painéis a ancestral história do vidro desde as fábricas que operaram, aos vidreiros que nelas trabalharam e a peças produzidas.