Entre outubro de 2017 e dezembro de 2018 a Câmara de Oliveira de Azeméis reduziu a zero o seu endividamento líquido, revelou o presidente da autarquia, Joaquim Jorge Ferreira.
“São dados extraordinários que resultam de uma gestão rigorosa e eficiente da qual sobressai a redução das despesas correntes”, disse o autarca dando nota de que o endividamento passou de 9,35 milhões de euros em outubro de 2017 para um endividamento nulo em dezembro de 2018.
“O que este endividamento nulo quer dizer é que a soma dos passivos da Câmara, qualquer que seja a sua forma, é semelhante à soma dos seus ativos, nomeadamente o saldo em caixa, os depósitos em instituições financeiras, as aplicações de tesouraria e os créditos sobre terceiros”, explicou Joaquim Jorge.
O edil considerou estes dados “extraordinários” permitindo concluir que “hoje somos uma câmara de boas contas e com sustentabilidade e que conseguimos reduzir gastos, sobretudo correntes, aumentando os investimentos”.
Na redução de gastos, o edil destacou a poupança de 145 mil euros na iluminação da via pública e dos edifícios municipais em relação a 2017, e a redução do consumo de água na ordem dos 150 mil euros. Nos gastos com publicidade houve uma redução, em 2018, de quase 185 mil euros, baixando para os 50 mil euros.
Esta contenção financeira, numa lógica de todos os cêntimos serem bem gastos, não impediu o executivo de avançar com um conjunto de investimentos estruturantes destinados a satisfazer as necessidades dos munícipes, aumentando a sua qualidade de vida.
“Paralelamente a uma gestão rigorosa podemos fazer investimentos estruturantes para o desenvolvimento do município e para a afirmação da competitividade do nosso território”, disse Joaquim Jorge.
O autarca realçou “os compromissos assumidos com os eleitores” destacando “o reforço das verbas transferidas para as juntas de freguesias, no valor de 127.300 euros, a emissão do cheque educação que exigiu um esforço de 86.515 euros para beneficiar cerca de três mil crianças” e ainda a implementação breve do vale farmácia destinado a apoiar a população sénior mais carenciada na compra de medicamentos.
Apesar do aumento de 15% das verbas para as juntas de freguesia, da criação do cheque educação e do aumento do património municipal com a aquisição do terreno para o futuro parque urbano, por 1,25 milhões de euros, do edifício da antiga garagem Justino, por 550 mil euros, e dos estaleiros municipais, por 400 mil euros, a Câmara reduziu a sua dívida à banca em 5 milhões e 391 mil euros passando esta de 19 milhões e 196 mil euros em outubro de 2017 para 13 milhões e 805 mil euros em dezembro de 2018.