A mobilização de jovens oliveirenses para a primeira Guerra Mundial (1914-1918) está simbolizada numa mostra rememorativa do primeiro conflito mundial, patente no Largo da República, no centro da cidade de Oliveira de Azeméis.
A mostra inclui 24 “espantalhos” em parada, emparedados por réplicas de trincheiras relembrando o Batalhão de Infantaria 24 de Aveiro, unidade militar onde foi incorporada a maioria dos jovens oliveirenses mobilizados para a primeira Guerra Mundial e para a defesa das ex-colónias.
Cada figura possui uma armadura com 100 tampas de círios que pretendem evocar os 100 anos da presença de oliveirenses na Flandres e nas planícies africanas.
Intitulada “Trincheiespanta”, nome associado ao I Festival de Espantalhos de Portugal que decorre até 31 de julho em Oliveira de Azeméis, a exposição recebeu a visita do Centro de Formação de Associação de Escolas de Arouca, Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis.
A exposição rememorativa inclui 24 soldados/espantalhos, 12 deles "pintados" de vermelho representando o sangue derramado no combate e os restantes coloridos de branco simbolizando o apoio humanitário dos “anjos brancos” da Cruz Vermelha e do Triângulo Vermelho.
Junto dos espantalhos são visíveis pás e picaretas, as ferramentas que acompanhavam, no dia-a-dia, os jovens oliveirenses nas trincheiras.
Exclusivamente para a visita do Centro de Formação foi montado um fragmento de uma linha férrea, com 11 traves, simbolizando este número a hora, o dia e o mês de novembro de 1918 em que, num vagão-restaurante, foi assinado o armistício que pôs termo ao conflito armado.
Inspirada no exército de Terracota, “Trincheiespanta” é um projeto de Manuel Ferreira, neto de um combatente do Corpo Expedicionário Português mobilizado para a Flandres e que integrou o Regimento de Infantaria 24 de Aveiro.