O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, defendeu que as empresas devem gerar riqueza mas devem-no fazer de “forma ética e socialmente mais responsável”.
“Queremos que as empresas produzam riqueza mas que o façam de forma social e sustentável”, disse Joaquim Jorge na abertura da ação de sensibilização “Sustentabilidade é Competitividade”, uma ação destinada às Pequenas e Médias Empresas (PME) que decorreu no Centro de Negócios de Oliveira de Azeméis, na Área de Acolhimento Empresarial de Ul-Loureiro.
“São empresas com este enquadramento e que se preocupam com a sustentabilidade que queremos no concelho”, afirmou o autarca, sublinhando fazer “todo o sentido” promover ações e “dar passos significativos” na implementação de boas práticas nas empresas e organizações.
O concelho de Oliveira de Azeméis possui 6 500 empresas, das quais 1500 são do ramo da indústria transformadora, empregando cerca de 26 mil trabalhadores.
O município é o sétimo concelho mais exportador da região norte do país com um valor superior a 500 milhões de euros dentro do espaço comunitário e 60 milhões no espaço extracomunitário.
A realidade empresarial oliveirense é constituída por Pequenas e Médias Empresas o que, segundo o autarca, reforça a importância da ação de sensibilização que juntou cerca de três dezenas de empresários.
O evento decorreu no âmbito do projeto PME Sustentávél que visa capacitar as Pequenas e Médias Empresas a responderem aos desafios da diretiva 2014/95/EU no que se refere à obrigatoriedade de reportarem relatórios não financeiros, nomeadamente sobre o impacto da sua atividade quanto às questões ambientais, sociais e relativas aos trabalhadores, à igualdade entre mulheres e homens, à não discriminação, ao respeito dos direitos humanos e ao combate à corrupção.
O evento, promovido pela autarquia em parceria com a Associação Portuguesa de Ética Empresarial e a “Simoldes Plásticos”, deu a conhecer a legislação e os requisitos que se colocam às empresas, com destaque para os novos normativos de reporte de informação não financeira, permitindo-lhes adquirir ferramentas para dar resposta às exigências dos seus clientes e integrar um motor de busca internacional de “procurement” que confira visibilidade às boas práticas e reforce a sua presença no mercado externo.