O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, aproveitou a realização do XI Congresso da Indústria de Moldes para sensibilizar o ministro da Economia para a necessidade do governo apoiar o projeto “Fábrica do Futuro”, um espaço de desenvolvimento e ensaio de soluções avançadas para a indústria.
Adiantou, ainda, “que se trata de um trabalho em rede e de partilha entre a Universidade de Aveiro e as empresas suportado em laboratórios colaborativos, desenhados para satisfazer as necessidades de investigação e inovação do nosso tecido económico”.
Para Joaquim Jorge “investir em projetos desta dimensão é antecipar e conquistar o futuro” pelo que apoiar este projeto “é ter visão estratégica e optar pelo caminho certo para o desenvolvimento sustentado”. Daí ter defendido que a “Fábrica do Futuro” deva ser considerado “como um projeto de interesse estratégico nacional”.
O projeto ganha ainda mais força tendo em conta os atuais desafios conjunturais com que se defrontam os empresários, aos quais Joaquim Jorge junta “o desafio da inovação” virado para a tecnologia, organização, métodos de trabalho, sustentabilidade, circularidade da economia, abordagem aos mercados e qualificação do capital humano.
Perante os mais de 350 participantes no Congresso realizado no Teatro Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge alertou que “hoje, neste mundo em constante mutação, quem não estiver preparado para inovar, ficará, irremediavelmente, para trás”, destacando ainda que em Oliveira de Azeméis “inova-se, cria-se e fomenta-se a internacionalização todos os dias”.
Reunindo congressistas nacionais e estrangeiros provenientes de mais de 100 empresas e entidades, o Congresso debateu, durante dois dias, questões importantes para o futuro dos moldes, um setor que tem como principal cliente a indústria automóvel.
Discursando na abertura do Congresso, o ministro da Economia, António Costa Silva, salientou que a reconversão da indústria automóvel será o grande desafio do setor para os próximos anos.
O governante apelou à resiliência dos empresários para vencer o pessimismo instalado e deixou otimismo aos presentes garantindo que o governo vai trabalhar em conjunto com a Cefamol – Associação Nacional da Indústria dos Moldes, em tudo o que possa ser feito para ajudar o setor a superar as dificuldades e a vencer os desafios do futuro.
João Faustino, presidente da Cefamol, destacou que os últimos anos não têm sido fáceis no trajeto da indústria dos moldes face aos obstáculos e aos desafios.
Apontou alguns caminhos como a necessidade de se encontrar novas soluções de financiamento e capitalização do setor e a união e o trabalho em conjunto para enfrentar a realidade com que o cluster dos moldes se defronta.
O XI Congresso da Indústria dos Moldes foi encerrado pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. A governante defendeu a criação de um Selo de Sustentabilidade da Indústria Portuguesa de Moldes e realçou a importância das parcerias e da cooperação para que os moldes portugueses continuem a ser competitivos.