A Câmara de Oliveira de Azeméis aproveitou a realização da Festa Sénior para lançar um inquérito procurando saber junto da população quais as vertentes que devem ser mais valorizadas para a promoção da qualidade de vida das pessoa idosas.
Para a vereadora Gracinda Leal o «estudo» assume particular importância na medida em que permitirá adequar melhor a intervenção social à melhoria das condições de vida dos idosos.
«É hora das cidades tornarem-se mais amigas dos idosos de modo a beneficiarem do potencial que as pessoas mais velhas representam para a humanidade», disse a vereadora da acção social na abertura do evento que vai já na oitava edição.
Gracinda Leal defende um olhar atento e permanente sobre a realidade social, em particular sobre a população mais idosa sendo «necessário continuar a antecipar e a dar respostas flexíveis às necessidades e preferências relacionadas com o envelhecimento».
Hoje, salientou a vereadora, já se fala em Rede de Cidades Amigas das Pessoas Idosas (CAPI), uma realidade nova que dá primazia ao «envelhecimento activo através da criação de condições de saúde, participação e segurança de modo a reforçar a qualidade de vida que as pessoas envelhecem».
Gracinda Leal acredita ser possível transformar Oliveira de Azeméis numa cidade amiga, marcada pelas relações e pela amizade «onde cada um sinta a cidade como sua» e onde «os mais velhos sejam reconhecidos e valorizados».
Segundo a vereadora o trabalho desenvolvido nos últimos oito anos assentou nesses pressupostos,
tendo sido complementado com medidas noutras áreas como as da família, infância, juventude, deficiências, migração, dependências e saúde.
«O desafio do nosso século é olhar para a cidade não apenas como um lugar onde dispomos de estruturas e serviços que oferecem bem-estar à nossa vidas mas, sobretudo, como lugar e espaço onde realiza a vida das pessoas nas suas várias dimensões e vertentes», frisou Gracinda Leal.
Para o presidente da autarquia «a a aproximação da velhice não pode ser encarada como sinónimo da redução drástica das faculdades do indivíduo a ponto de impedi-lo de continuar activo e útil ao grupo social a que pertence pelo que «os idosos devem ser incluídos na agenda politica e nas prioridades nacionais».
«Sem o contributo que deram à evolução e desenvolvimento do nosso concelho o que seria dos nossos jovens?», questionou Ápio Assunção.
A Festa Sénior, sob as temáticas da música, dança e família, prolonga-se até este domingo com a participação de centenas de idosos, a que acresce uma mostra das respostas e serviços da autarquia e de outras instituições concelhias dirigidos aos mais velhos.
A iniciativa junta, anualmente, centenas de utentes de instituições particulares de solidariedade social (IPPS) com valências ligadas ao apoio à terceira idade. O evento pretende homenagear os idosos, reconhecendo o trabalho dado à sociedade e demonstrando o valor e a riqueza que ainda representam para as novas gerações.
O programa de animação ao longo dos três dias foi assegurado por instituições concelhias e ainda por utentes de entidades participantes na edição deste ano.
Um dos pontos solenes do programa foi a distinção que o município faz aos casais com mais de 50 anos durante as «Boas de Ouro de Azeméis», realiadas na igreja matriz.
Organizada pela Câmara Municipal, em parceria com as IPPS, a Festa Sénior realizou-se pela primeira vez em 2002 sob a designação de Festa do Idoso.