Município associa-se a projectos de prevenção e reinserção das toxicodependências
Data: 08/09/2009
Prevenção das toxicodependências tem sido uma preocupação da autarquia
As freguesias de Cucujães e Macieira de Sarnes, no concelho de Oliveira de Azeméis, e a freguesia de São João da Madeira vão estar, durante dois anos, sob a intervenção do Programa de Respostas Integradas (PRI), um projecto do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) destinado à prevenção e reinserção de pessoas em risco.
O plano, integrado no Programa Operacional de Respostas Integradas (PORI), terá implementação simultânea nos dois municípios e envolve a execução dos projectos «Trapézio com rede» e «Riscos calculados».
«Os públicos alvos serão as crianças, jovens e famílias em risco e ainda a população alcoolizada e toxicodependente que se encontra em tratamento», anunciou Joana Coutinho, representante do Instituto da Droga e das Toxicodependências na apresentação pública dos projectos.
O projecto «Riscos calculados», com actuação na área da prevenção, visa desenvolver factores de protecção ao consumo de substâncias psico-activas através de estratégias junto de crianças e jovens que estimulem competências ao nível da auto-estima e do conhecimento das consequências do consumo de substâncias.
O projecto «Trapézio com rede» insere-se na área da reintegração social das pessoas em tratamento sendo caracterizado por uma política de proximidade e de trabalho em rede. O programa actuará na reestruturação do indivíduo conferindo-lhe competências de autonomia e responsabilidade. O envolvimento da comunidade, famílias e empregadores são outros objectivos do projecto.
«O Programa Operacional de Respostas Integradas marca um novo paradigma de intervenção na problemática da toxicodependência ao alicerçar-se em respostas integradas e numa lógica de intervenção de territórios prioritários», explicou a responsável do IDT.
Joana Coutinho destacou a «articulação interdiscplinar» dos projectos e o objectivo das acções em «evitar a entrada no mundo da toxicodependência» através da promoção de competências sociais e familiares.
A representante do IDT considerou ainda o projecto «auto-sustentável» devido ao seu «alicerce institucional e técnico».
Gracinda Leal, vereadora do pelouro de acção social da Câmara de Oliveira de Azeméis, evidenciou «a mais valia» dos dois projectos e a «grande responsabilidade com que a autarquia se associou ao programa do IDT».
«A problemática da toxicodependência deve ser debatida e exigir uma intervenção da responsabilidade de toda a comunidade, associada às famílias», disse a autarca.
«Com a execução destes projectos estamos a construir uma sociedade com cidadãos mais saudáveis e com a preocupação de escolher estilos de saúde salutares», acrescentou.
«A Câmara de Oliveira de Azeméis apostou desde sempre em acções de prevenção primária das toxicodependências», revelou Gracinda Leal referindo-se aos protocolos assinados, no passado, com o Instituto da Droga e da Toxicodependência.
Os dois projectos, aos quais estão associados 15 parceiros, resultaram da aprovação das candidaturas apresentadas pela Santa Casa da Misericórdia de São João da Madeira e Associação de Jovens «Ecos Urbanos» ao Programa de Respostas Integradas.