Luta contra a pobreza arrancou em Oliveira de Azeméis
Data: 15/03/2010
Hermínio Loureiro, presidente da autarquia, defende que ninguém está dispensado de ajudar a lutar contra a pobreza
O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis defende que o problema da pobreza e exclusão social não é «uma fatalidade mas uma razão para se trabalhar em cooperação e em rede».
«Ninguém está dispensado do combate a esses dois problemas», afirmou Hermínio Loureiro na abertura das comemorações do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social (AECPES) que vão decorrer em todas as freguesias do município até cinco de Dezembro.
«Não há soluções milagrosas para se acabar com a pobreza por isso precisamos de todos nesta luta», apelou o autarca, defendendo uma «atitude preventiva para se evitar situações dramáticas».
«Este ano tem que ser um ponto de partida e de profunda reflexão porque este trabalho de combate nunca estará terminado», disse Hermínio Loureiro, lembrando que «a pobreza envergonhada está a aumentar obrigando a sermos capazes de impedir que ela se torne num meio de discriminação social».
«Temos de reforçar a solidariedade entre todas as gerações de oliveirenses levando-as a participar na luta contra a pobreza», realçou, reforçando a intenção de ser dada «voz aos que mais precisam e aos que menos têm» e «apostar na integração social para que ela seja mais fácil e mais rápida».
Hermínio Loureiro elogiou os dirigentes das instituições particulares de solidariedade social «porque sem o trabalho deles seria mais difícil actuar nesta área tão problemática».
«Temos uma rede excepcional que sabe motivar as equipas e tornar o combate mais fácil junto das pessoas», disse.
O elogio estendeu-se também às 19 juntas de freguesia «pelo empenho e responsabilidade na elaboração do programa ambicioso das comemorações».
O plano da autarquia surpreendeu o presidente do Instituto da Segurança Social. «O programa constitui uma atitude que vai ficar como um exemplo para outros concelhos do país, cumprindo integralmente os objectivos do ano europeu», disse Edmundo Martinho.
No âmbito do AECPES será proposta aos líderes partidários a realização de uma assembleia municipal temática, anunciou o presidente do órgão autárquico, Jorge Silva, salientando que «Oliveira de Azeméis procura marcar a diferença dando atenção especial às questões sociais».
Segundo a vereadora da acção social o programa pretende «constituir-se como um motor para a criação de uma onda solidária gigante» envolvendo «todos os cidadãos na criação de uma consciência colectiva de que todos somos poucos para minimizar as situações vulneráveis».
«Acreditamos que depois de 2010 o município não será certamente o mesmo em termos sociais», afirmou Gracinda Leal.
A «Estafeta da solidariedade» foi a primeira iniciativa a arrancar evolvendo, nas 19 freguesias, actividades sócio-culturais, divulgação das respostas sociais das instituições e as iniciativas «Mãos Solidárias» e «Abraço Solidário».
O programa inclui outras acções: Evento desportivo com receita para instituições sociais, «Festa da Solidariedade», comemorações do Dia Internacional das Famílias e das Pessoas com Deficiência, Conselho Local de Acção Social temático e divulgação dos resultados do projecto «Solis».
O AECPES encerra a cinco de Dezembro, Dia Internacional do Voluntário, com uma homenagem aos dirigentes das instituições sociais, o balanço das actividades realizadas e a apresentação do «Livro da Solidariedade».