A XLI sessão plenária do Conselho Local de Acção Social de Oliveira de Azeméis (CLASOA), realizou-se no pavilhão municipal sob a temática «Parcerias, sustentabilidade e marketing social», integrando o programa da edição «Azeméis é social».
Na abertura da reunião, a responsável da acção social, Gracinda Leal, defendeu que «é preciso que cada um de nós qualifique a sua intervenção ao escutar e conhecer as experiências e os testemunhos das pessoas que se dedicam a investigar determinadas temáticas».
Segundo Virgílio Borges, professor do Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, «as autarquias são veículos importantes no desenvolvimento social do país, pela proximidade que estabelecem com as pessoas e os parceiros».
«Em momentos de crise é fulcral o funcionamento em rede para garantir a força do laço social», realçou.
Luís Jacob, director da Socialgest, defendeu que «o Estado deve assumir uma elevada quota-parte das despesas das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).
No entanto, o dirigente considerou que «as IPSS deverão ser sustentáveis o suficiente para responderem às necessidades sem comprometerem o futuro das organizações, uma vez que estas ajudam projectos e não instituições».
O tema do marketing social coube a Arnaldo Coelho, docente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, ao revelar que «a preocupação das instituições sociais deve passar por perceber as empresas no sentido de as apoiar».
Desta forma, «as responsabilidades filantrópicas são fundamentais em detrimento das responsabilidades económicas», referiu, adiantando o exemplo da Delta, «uma marca que aposta pouco na publicidade mas é líder no mercado graças à sua presença no continente Africano».