Quantos vamos ser no futuro e quais as consequências da diminuição da natalidade em Portugal foram algumas das questões colocadas durante o evento que decorreu na biblioteca municipal Ferreira de Castro, no âmbito do colóquio «A natalidade em Portugal, que futuro?».
«A densidade populacional do concelho de Oliveira de Azeméis tem vindo a sofrer um decréscimo significativo à semelhança do que se passa no país», afirmou Hermínio Loureiro, presidente da Câmara Municipal.
«No entanto, a autarquia tem vindo a desenvolver um conjunto de reflexões e medidas capazes de contrariar esta situação», rematou.
«A permanente tendência da queda demográfica tem vindo a acentuar-se desde 2011, pelo que somos o quinto país da Europa com mais baixas taxas de natalidade e um dos piores do mundo», comprovou Verónica Janin, enfermeira do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES), baseando-se nos dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com Francisco Vilhena da Cunha, vice-presidente da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, «as principais razões pelas quais a maioria dos homens e mulheres não têm filhos são os custos financeiros, logo depois, a dificuldade em conseguir emprego e a falta de tempo para dedicar à família».
«Verifica-se, assim, um constante adiar da maternidade», disse, avançando que a idade média das mulheres por ocasião do nascimento do primeiro filho ronda agora os 29 anos».
Para o dirigente «é fundamental apostar mais na família e inverter a tendência de apenas um filho por casal», mas para isso «há que estabelecer políticas estáveis, abrangentes e focadas na liberdade dos pais escolherem o modelo mais adequado à educação dos seus filhos».
Durante o colóquio, que contou também com a presença da Deputada Parlamentar, Carla Rodrigues, houve lugar à apresentação do Programa de Emergência Social (PES/OAZ) e do Cartão Municipal de Famílias Numerosas.
Este último trata-se de um cartão implementado pela autarquia com o objetivo de contrariar a baixa natalidade que se regista no país e no concelho e apoiar, com ofertas diversas, as famílias Oliveirenses.
O cartão será válido por dois anos, renovável por igual período, e destina-se a famílias com três ou mais filhos e que residam há pelo menos há três anos no Município.