O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Isidro Figueiredo, defendeu que a mulher tem um “papel insubstituível na sociedade” e que continua a “ser necessário lembrar o contributo que dão à comunidade onde se inserem”.
O autarca falava após a apresentação do livro “Mulheres no município de Oliveira de Azeméis” com a qual a autarquia assinalou o Dia Internacional da Mulher.
Segundo Isidro Figueiredo, a publicação “é uma forma de retirar do esquecimento as mulheres que contribuíram, no passado, para o desenvolvimento do município”.
O livro dá a conhecer o nome de 57 mulheres que se impuseram na sociedade com o seu contributo em diversas áreas durante o século XX.
“Esta publicação é uma justa homenagem às mulheres oliveirenses que nos antecederam, dando-lhes a projeção que merecem pelo seu desempenho insubstituível numa comunidade que ajudaram a construir de forma estoica”, escreve Isidro Figueiredo no prefácio da obra.
Para o autarca “é um ato de justiça darmos a conhecer nesta obra a valentia de muitas mulheres oliveirenses que, ao longo dos anos, demostraram que a luta, a afirmação e a dignidade da pessoa não se circunscreve a nenhum tipo de discriminação sexual mas sim na obtenção de direitos e liberdades e no acesso ao mundo da atividade política, cultural e social”.
O presidente do executivo lembrou a preocupação e o esforço que o município tem feito na promoção da igualdade de oportunidades das mulheres destacando o Plano Municipal para a Igualdade de Género e a distinção do município com o prémio nacional “Viver em Igualdade”.
Nesta matéria, a vereadora da ação social, Gracinda Leal, considera “continuar a fazer sentido comemorar o Dia Internacional da Mulher” bem como prosseguir o trabalho ao nível da igualdade entre homens e mulheres.
A homenagem a cinco atletas do Núcleo de Atletismo de Cucujães (NAC), que recentemente se sagraram campeãs distritais de Aveiro em veteranos, serviu de base para Hermínio Loureiro, vice-presidente do Comité Olímpico Internacional e da Federação Portuguesa de Futebol, abordar a temática da mulher e a da sua dimensão na sociedade, em particular no desporto.
O dirigente desportivo disse que “Portugal tem uma taxa baixa de prática desportiva” e que este défice de participação “ainda é maior” nas mulheres.
Considerando as atletas do NAC “umas heroínas” pelo seu exemplo, Hermínio Loureiro considerou “não existir nenhuma idade para praticar desporto” sendo possível “aumentar a taxa da prática desportiva feminina”. E o ex-autarca apontou a vontade como a receita para se atingir esse objetivo.
“Há que ter vontade e depois vem a disponibilidade para praticar desporto”, disse, elogiando “o exemplo de sacrifício” e o “espírito de superação” das atletas do NAC homenageadas pela autarquia.
O ex-presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis deixou números interessantes para reflexão sobre o aumento da prática desportiva feminina dando como exemplo o crescimento da prática do futebol registado entre 2007 e 2016. Nesse período, o incremento foi de 44,1%. No futebol de 11 registou-se um aumento de 143,3% enquanto que na categoria de sub-19 o crescimento foi de 223,8%.
As atletas do Núcleo de Atletismo de Cucujães homenageadas foram Dulce Bastos, Isaura Lopes, Regina Gil Vaz, Salomé Oliveira, Carla Araújo e Adelaide Duarte.