Entre 2010 e 2013 o Município de Oliveira de Azeméis desenvolveu o Plano Municipal da Cultura (PMC), que visava traçar um conjunto de metas a atingir a curto, médio e longo prazo.
Durante o processo de elaboração do documento foi dada, em vários momentos, a possibilidade dos cidadãos, e instituições locais, expressarem as suas opiniões e expectativas na área cultural.
Da elaboração do PMC decorreu a identificação de uma área em que os munícipes sentiam que o Município podia ter uma acção mais visível e determinante, a divulgação do património, nas suas múltiplas vertentes. Mais especificamente, os munícipes sugeriam a edição de uma publicação que servisse para divulgar o património local.
Essa aspiração foi integrada como uma das metas a atingir pelo PMC, através da criação de uma revista que permitisse a divulgação de temas relacionados com a história e património, uma vez que essa pretensão corresponde a uma das competências dos municípios.
Após uma análise às diversas possibilidades que esta meta permitia, concluiu-se que seria pertinente optar pela edição de uma revista de cariz científico, que pudesse ser utilizada como referência por investigadores reconhecidos a nível nacional e internacional, dentro das suas áreas de especialidade, para a publicação de artigos.
Estabeleceram-se como campos temáticos o património imóvel; o património móvel; a museologia; o património imaterial; a arqueologia; a história; e a etnologia, sem, contudo, limitar a investigação apenas ao território do concelho.
Ainda que se pretenda um enfoque local, esse factor não será eliminatório da aceitação de artigos.
O título da revista reflecte essa visão Patrimónios, remetendo para a diversidade de campos que estão incluídos nesse conceito, de OAZ, apontando para o aspecto local que se privilegia, sem ser exclusivo.
Para garantir a qualidade científica da publicação foi lançado o convite a uma série de investigadores que irão analisar os artigos recebidos e validar a sua publicação, ou sugerir algumas melhorias que possibilitem o seu aperfeiçoamento.
Esta análise cega, pretende funcionar como factor diferenciador, face às publicações de outros municípios e garantir a qualidade dos números da revista.
A possibilidade de publicação é aberta a todos, pretendendo-se incentivar a produção científica e a sua divulgação, contribuindo para um aumento do interesse pelas áreas do património que contribua para a sua salvaguarda e preservação.