Sob a temática “Um escritor apresenta-se…” na qual se pretende dar a conhecer escritores/as, as suas obras e a evolução das suas escritas, o escritor oliveirense Óscar Amorim vai apresentar o seu novo livro «O Último Suspiro de Liberdade», uma publicação da Seda Edições.
A apresentação desta nova obra vai estar a cargo da Dra. Helena Santos.
Depois dos romances “A Violação”, “Resgate” e “ Segredos no Confessionário”, este último levado a teatro, tendo vindo a ganhar o prémio ”Alfredo Cortez” que visa estimular e promover a criação de textos para teatro, Óscar Amorim brinda-nos com um novo romance, “O Último Suspiro de Liberdade”, onde pretende oferecer a cada um/a dos/as leitores/as a beleza incontrolável da enigmática génese da morte.
Óscar Amorim nasceu em 1950, em Oliveira de Azeméis.
De formação académica na área das ciências, é com a escrita que mantem uma relação íntima e com a qual convive diariamente, impregnando as palavras de um perfume com essências extraídas das entranhas mais profundas da sua alma.
Apesar de ter escrito vários contos, peças de teatro, e até poesia, é no romance que se revê, misturando a ficção com a realidade, criando personagens e estabelecendo com elas uma relação muito estreita, tornando-as mesmo, com o desenrolar da história, nos seus melhores amigos. O Romance é para ele uma cartilha de emoções, onde os factos se desenrolam sustentados por uma imaginação que se encontra sempre com a realidade nos momentos mais sensíveis dos seus livros.
Como acha que ler um livro é também uma boa forma de viajar, gosta de oferecer aos leitores a genuinidade dos locais, conduzindo-os, através das páginas dos livros por expedições de conhecimento, que se tornarão tão reais quanto maior for o imaginário de cada leitor.
Sinopse do livro:
Rodrigo era um homem solitário, e na solidão viveu grande parte da sua vida. Viria a ser um repórter fotográfico de renome. De guerra em guerra, ia dando aso à sua grande paixão, a fotografia, para recolher delas reportagens, sempre ilustradas com o testemunho de cenários verdadeiros.
Passou pela guerra do ultramar, onde combateu na Guiné Bissau. Regressado a Portugal em Agosto de 1974, envolveu-se no golpe de estado do 11 de Março de 1975, de onde saiu ferido, chegando mesmo a perder um rim. No hospital, em convalescença da cirurgia, conhecera uma enfermeira que viria a ser a mulher da sua vida. Viveram momentos intensos, amaram-se talvez exageradamente, e foram sobejamente felizes até que ele resolveu, e levado pelo vício da reportagem, partir para o Líbano, onde decorria a guerra civil. A adrenalina de participar falou mais alto que todos os restantes sentimentos.
Sem avisar ninguém, partiu. E partiu para nunca mais voltar. No meio de tão sanguinária guerrilha viu-se impossibilitado de contactar e de ser contactado. Perdera por isso a possibilidade de manter qualquer tipo de ligação com Mafalda, e perdera também as duas pernas.
Depois de ver desvanecida a esperança de encontrar Mafalda, casou com Inês, uma Libanesa que conhecera em Beirute, e de quem teve um filho. Mas deixara também uma filha no ventre de Mafalda sem nunca ter conhecimento. Vieram-se a encontrar passados vinte e seis anos, casualmente, e sem se conhecerem, na cidade de Salvador da Bahia, no Brasil. João, (filho de Rodrigo com Inês) e Carolina, (filha de Rodrigo com Mafalda), ambos filhos dele, cruzaram as suas vidas e amaram-se.
Viria a perder mais tarde os dois braços devido a uma doença rara provocada por infeções estranhas.
Desesperado, pediu a Carolina, que era médica, para acabar com o seu sofrimento.
Mas a eutanásia no Brasil é crime punível com pena de prisão.
Será que Carolina acedeu ao seu pedido?