A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis comemora este sábado, dia 21 de dezembro, os 45 anos do cineteatro Caracas com uma exposição.
A mostra, inaugurada às 21h00, vai recordar aquilo que foi e continua a ser a casa de espetáculos da cidade.
A inauguração do cineteatro foi um acontecimento marcante na vida do concelho.
O cineteatro Caracas foi adquirido pela autarquia em 2002 passando, desde então, a ser o principal palco da programação cultural do município e das associações do concelho.
A casa de espetáculos tem capacidade para 667 lugares sentados.
Recebe anualmente artistas do panorama nacional e internacional artístico.
Uma área munida de condições de acesso e um espaço reservado a pessoas portadoras de mobilidade reduzida para que possam assistir aos espetáculos.
Os primórdios do Teatro e do Cinema
Datam da primeira metade do século XIX as primeiras intenções de construir em Oliveira de Azeméis uma sala de espetáculos, onde pudessem ser levadas ao palco representações de teatro, ou outros eventos culturais.
Será em 1851, que se constitui uma sociedade para a edificação do “Novo Theatro Oliveirense” a construir no Urgal em terreno adquirido a António Castro Corveira Corte-Real, em Março desse mesmo ano.
O primeiro espetáculo é levado à cena em 1855 (a peça “Lucrécia Borgia”) ainda com o edifício inacabado.
O edifício só viria a ser concluído no início da década seguinte. Até à primeira década do século XX funciona como sala de teatro.
Em 1915 é inaugurada uma nova sala o Teatro Avenida, propriedade da família Alegria, situada na Rua Ernesto Pinto Basto. A sua fraca rentabilidade levou à reconversão em 4 moradias que subsistem no mesmo local.
Até à Inauguração do Teatro Avenida, o Teatro Oliveirense serviu de palco às projeções de filmes levadas a cabo pelo Sr. António Maria da Cruz, entre 1909 e 1911, e pela empresa Alegria e Cia entre 1912 e 1914.