A Galeria Municipal Tomás Costa acolhe, de 08 a 29 de abril, a exposição de artes plásticas - instalação "Fragmento e Movimento do Tempo” da artista Adriana Henriques.
A sessão de abertura está agendada para o dia 08 de abril pelas 16h00.
Biografia | Adriana Henriques
Nasceu em Salamonde, no concelho de Vieira do Minho, no dia 9 de fevereiro de 1978.
Concluiu o curso superior de pintura, em 2006, e a licenciatura em artes/desenho, em 2009, ambos frequentados na Escola Superior Artística do Porto (ESAP), extensão de Guimarães. Paralelamente à sua formação académica, participou ainda em vários cursos e encontros ministrados no âmbito das artes.
Promoveu e participou em inúmeras exposições individuais e coletivas, tendo sido curadora de várias exposições de arte contemporânea.
Atualmente, desenvolve projetos pedagógicos em várias instituições culturais como curadora, professora e orienta programas para crianças e jovens no campo das artes visuais.
Exposição | Fragmento e Movimento do Tempo
A artista plástica Adriana Henriques, natural do interior norte, das terras do Minho, cresceu entre paisagens de cortar a respiração, grandes lençóis de água, vales e planaltos abruptos, margens de tonalidades sem fim, terrenos plantados até ao horizonte.
Esta exposição segue-se na sequência de tantas outras, em Portugal e no estrangeiro e dá continuidade a técnicas e a temáticas constantes na sua obra, não olvidando as raízes onde floresceu.
A obra de Adriana Henriques joga na dialética e no discurso entre o íntimo e o público, a interioridade e a exterioridade, a perceção e a experiência, o visível e o invisível, o abstrato e o simbólico, o linear e o pictórico, conjugando anseios, afetos e emoções.
A aposta da artista neste projeto é difícil e arriscada, a começar pelo título da exposição, mas registou-a com sucesso.
Pintar é uma arte, expressão mais elevada do espírito humano, solitária, estritamente associada à fé da artista na busca de uma realidade fictícia, metafórica, que escapa, muitas vezes, à nossa compreensão. É um notável apuro nos ornatos, nos espaços, nos detalhes, nos contrastes, na luminosidade. Neste ciclo de inquietações, interrogações, tudo é frágil, tudo se mantém numa linha instável entre a abstração e a sedução, que nos invadem sem qualquer livro de instruções.
Adriana Henriques é, igualmente, uma performer, com "instalações", "performativas" e intervenções artísticas dominadas pelo seu carácter original. O próprio ato performativo de pintar adquire estatuto artístico, superando as fronteiras entre a estética e a moral. Neste contexto e no corpo expositivo não podiam faltar as mantas de fragmentos, avocando cenas da vida quotidiana.
Nesta instalação, composta de mantas de fragmentos e pintura, sobressai a combinação e a conjugação de novos materiais e técnicas, metodologias e conceitos, resultando numa obra consciente de fragmentos sempre presentes na composição da obra conduzindo-nos a uma oração, uma prece, uma construção, uma viagem pela “Historia, Memória e o Fragmento”.
Este projeto artístico permite uma reflexão sobre a obra da artista, onde a evocação ultrapassa e completa a visão com lentes sensíveis, como uma encruzilhada, um encontro de todos os aspetos visíveis e invisíveis do ser. Toda a mostra, verdadeira obra de arte, comunica pelo olhar com valor semiótico, num ato de profunda generosidade e partilha.
«O Fragmento e o Movimento do Tempo» é a proposta e o título da exposição da artista plástica Adriana Henriques, cuja conjugação e composição dos materiais e técnicas atingem níveis de excelência.
A mostra traz um conceito inovador, uma linguagem visual poética, um cenário lúdico do tempo idealizada pela artista, representado através de uma ampla paleta de cores, sugerindo o invisível do movimento, com o diferencial de pensar na diversidade humana.
José Carlos G. Peixoto
Horário Galeria Municipal Tomás Costa:
Segunda a sexta: 9h00 » 12h30 e 14h00 » 17h30
Sábado: 14h00 » 18h00