No dia 14 de dezembro, a Biblioteca Municipal Ferreira de Castro comemora o seu oitavo aniversário e, para celebrar esta data, preparou um programa com atividades em torno do livro e da leitura, direcionadas para os vários públicos.
De manhã, pelas 11h00, contamos com a sua presença para a inauguração da Exposição “As palavras em liberdade: Coleção E. M. de MELO e CASTRO”, da Fundação de Serralves, e no período da tarde, pelas 15h00, venha connosco apagar as velas do bolo de aniversário, conhecer os/as leitores/as em destaque e festejar esta data tão especial para nós!
Exposição “As palavras em liberdade: Coleção E. M. de MELO e CASTRO”, da Fundação de Serralves
» 12 março 2016 | Horário de funcionamento da BMFC | Entrada livre
Em 2003, a Fundação de Serralves teve a oportunidade de adquirir uma importante biblioteca consagrada à poesia visual. Essa coleção, constituída por várias centenas de obras e compilada por E. M. de Melo e Castro, poeta visual e autor de numerosas obras teóricas sobre o tema, representou um importante enriquecimento do espólio da Biblioteca do Museu, tanto em livros teóricos, como em publicações de artistas.
Tanto pela sua disposição no espaço como pela inovação tipográfica, a poesia visual torna-se uma forma artística de direito próprio e impõe-se, sobretudo nas décadas de 1960 e 1970, como movimento de cariz internacional através de uma rede de revistas e publicações que permitem difundir a nova forma de arte, simultaneamente poesia e arte visual.
Devido à sua forma peculiar – na maioria dos casos obrigando à publicação de uma edição –, o movimento nunca chegou verdadeiramente a entrar no circuito do mercado da arte e permanece, ainda hoje, desconhecido do grande público. Todavia, foi sob a sua influência que surgiu nos anos 1960 a arte conceptual, que viria a tornar-se num dos movimentos mais reconhecidos da segunda metade do século XX.
Esta exposição oferece uma panorâmica histórica e internacional da poesia visual, dando particular atenção às criações portuguesas e brasileiras, aonde surgem nomes como o próprio Melo e Castro, Ana Hatherly, António Aragão, Paulo Bruscky, Julio Plaza, António Vigo, Dom Sylvester Houédard, entre outros.